Macaé está participando do Programa Bônus Metrologia, que oferece um benefício de 30% do valor gasto nos serviços de Calibração, Ensaios e Avaliação da Conformidade. Só serão beneficiados os empresários que forem qualificados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). “Esse bônus irá proporcionar maior acesso a produtos de qualidade, em função do mercado em Macaé ser muito exigente”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan.
Segundo o secretário, a singularidade do mercado macaense, de certa forma, é diferenciada por causa da existência de uma grande empresa como a Petrobrás, que é muito exigente nessa questão de serviços tecnológico com ênfase em metrologia e, também, na Avaliação da Conformidade.
O programa, especificamente, o da Ciência e Tecnologia, dá suporte ao grande programa brasileiro de exportação. Ele não se detém apenas ao mercado interno, mas, também, ao externo. “Só o Bônus Metrologia não seria o grande alavancador na região, pelas características do arranjo produtivo do setor de Petróleo e Gás, particularmente de Macaé. A iniciativa de uma parceria com a participação de outros organismos seria bem aceita”, garante Jordan.
O Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) é um órgão vinculado à secretaria municipal de Ciência e Tecnologia que procura incentivar as empresas a tentarem equacionar, em parcerias, os programas de serviços de calibração e ensaios na região da Bacia de Campos.
O mais eficaz seria a convergência de esforços das entidades para desenvolverem de forma mais rápida e eficaz a tomada de consciência da cultura metrológica, principalmente, dos pequenos e micros empresários para esse tipo de serviço. “Na realidade quem ganha com isso, é a sociedade macaense com o aumento da competitividade, nos níveis de qualidade e no crescimento do emprego. Além de dar condições às famílias de se auto-sustentarem através de sua força de trabalho”, argumenta o secretário.
A Metrologia é uma atividade extremamente complexa e específica. Exige mão-de-obra qualificada e especializada. São poucos os países no mundo que possui um Instituto com capacidade técnica, para absorver esse tipo de responsabilidade. Pela natureza complexa dessa atividade, em Macaé não se tinha essa facilidade. “Com a criação do IMMT, o Governo Municipal consegue reverter esse quadro e até mesmo o eixo científico tecnológico aplicado no campo das calibrações, ensaios e avaliação da conformidade, que usualmente era feito quase sempre no Rio de Janeiro ou em São Paulo”, finaliza Guilherme Jordan.