O prefeito de Macaé, Riverton Mussi, destinou verba de R$ 5 milhões no orçamento de 2006, visando cumprir meta do governo para construção de duas mil casas populares. O marco inicial do Programa Municipal de Habitação é a conclusão de 300 unidades habitacionais no condomínio Bosque Azul III, prevista para o início do ano.
O Programa Municipal de Habitação é conduzido pela Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa), e inclui em seu escopo o projeto de inclusão social desenvolvido pela Fundação Bento Rubião. Além da verba prevista no orçamento, a prefeitura, através da Emhusa, está buscando parcerias com empresas de construção civil, investidores privados e Caixa Econômica Federal visando o aporte de novos recursos para moradia popular.
As primeiras famílias beneficiadas com o programa serão transferidas, em números aproximados, de locais como beira do canal coletor em Nova Esperança (65); de área invadida do Novo Horizonte (30), vivendo em casa alugada pela prefeitura no bairro Novo Cavaleiros; Ilha Colônia Leocádia (45); e terreno dos comerciários, na Ajuda, abrigadas na Casa do Caminho (20). Cerca de 80 unidades estão reservadas para a comunidade do Rio Novo, e outras 60 serão distribuídas entre famílias que se encontram em áreas de risco ou de preservação ambiental, espalhadas em diversos pontos da cidade.
O levantamento sócio-econômico e o cadastramento das famílias contempladas com as primeiras 300 unidades já foram realizados pela Fundação Bento Rubião. O próximo passo é reuni-las em oficinas, onde serão discutidos: direito de propriedade, relação de vizinhança e regras de convivência em condomínio, além de atividades de relacionamento interpessoal, com o objetivo de criar um elo entre os moradores e diminuir os conflitos sociais.
De acordo com o presidente da Emhusa, José Cabral da Silveira, o trabalho social da Fundação Bento Rubião seguirá adiante com a etapa de sorteio das unidades. As casas de um e dois quartos serão direcionadas conforme a quantidade de membros e a capacidade econômica das famílias cadastradas. Os imóveis serão agrupados em número de quartos e separados por muro, formando dois condomínios de 150 unidades cada, como está previsto no plano de governo. "Depois de assentadas, as famílias serão acompanhadas pelas equipes técnica e social, por um período mínimo de seis meses", adiantou Cabral, ressaltando que a ação tem o propósito de promover a integração dos moradores e a valorização do novo local de residência.