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Brasil Offshore discutirá tecnologia de exploração em águas profundas

14/06/2007 17:43:53 - Jornalista: Janira Braga

A Brasil Offshore será uma oportunidade para as empresas locais trocarem informações com grandes empresas do setor de petróleo e gás, fomentando discussões sobre tecnologia offshore de águas profundas, como a exploração de petróleo abaixo da camada de sal. A afirmação é do secretário de Ciência e Tecnologia e presidente do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT), Guilherme Jordan.

- A exploração de poços de petróleo abaixo da camada de sal requer demanda de tecnologia e capital humano e Macaé está envolvida nas discussões dessa tecnologia muito mais agora do que no passado. Hoje, o município possui empresas para atender a demanda e mão-de-obra – pontuou Jordan, que participa do Brasil Offshore desde a primeira edição, em 2001, quando foi realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

A afirmação de Jordan aborda uma das tendências mais discutidas no momento no mercado de petróleo, que aponta a descoberta de petróleo abaixo da camada de sal como uma abertura de perspectiva para o alongamento da atividade de produção e exploração de petróleo no país e a possibilidade do surgimento de uma nova fronteira exploratória.

CAPACITAÇÃO - De acordo com o secretário, a relação do governo municipal com a atividade de exploração de petróleo está cada vez mais estreita como, por exemplo, no treinamento que o IMMT, em parceria com a Secretaria de Trabalho e Renda, desenvolve para os munícipes. “Até hoje, 1,8 mil pessoas foram treinadas, aumentando a empregabilidade no setor”, ressaltou.

Para Guilherme Jordan, a Brasil Offshore vai abordar discussões entre grandes companhias que exploram petróleo e empresas de médio e pequeno porte e dar oportunidade para as empresas mostrarem seu potencial e discutir novas tecnologias. O secretário, que participou da Offshore Technology Conference (OTC 2007), a maior feira da indústria do petróleo do mundo, em Houston, nos Estados Unidos, analisou que a Bacia de Campos reúne qualidades expressivas no cenário internacional para abrigar novos investimentos.

- O Brasil passa hoje por uma estabilidade na economia, possui um clima tropical sem catástrofes naturais e sem guerras políticas e problemas religiosos. Por isso, a Bacia de Campos enfrenta uma situação favorável – avalia Jordan. Ele citou que na OTC, um grande número de asiáticos participou da feira, como empresários da China, um dos países que mais crescem no mundo e que não é auto-suficiente em petróleo – a China importa grande parte do petróleo que consome.

- A China explora petróleo onshore e inicia a exploração de óleo offshore e tem na Bacia de Campos uma referência em tecnologia. Os asiáticos serão presença garantida na Brasil Offshore em busca de informação de tecnologia - afirmou.

IMMT na Brasil Offshore

O Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) vai participar do estande da prefeitura na Feira Brasil Offshore. O presidente da autarquia, Guilherme Jordan, ressaltou que um dos projetos do instituto é ampliar o serviço já realizado de enviar para as plataformas da Petrobras servidores para a calibração de instrumentos.

- Vamos ampliar esta atuação para outras empresas. Iniciamos um estudo para a criação de um laboratório volante para calibrar e treinar instrumentistas a bordo para o entendimento da importância deste trabalho – disse.

Segundo Jordan, o IMMT é o único órgão de origem municipal que realiza este tipo de trabalho. “As empresas tinham dificuldade devido à distância dos grandes laboratórios”, destacou. O IMMT já efetuou a calibração de manômetros e transdutores da P-48. O trabalho é feito de acordo com as normas técnicas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.