Foto: Rui Porto Filho
Macaé possui a segunda maior rede hoteleira do estado, além de contar com qualidade e variedade em gastronomia
A 8a edição da Feira e Conferência Brasil Offshore 2015, a terceira maior do mundo do setor, acontecerá de 23 a 26 de junho. Para receber da melhor forma seus visitantes, abrindo as portas de Macaé ao turismo, a prefeitura promoveu uma reunião entre administradores da rede hoteleira (a segunda maior do estado) e gastronômica do município. Na pauta também estava incluída a consolidação de um calendário turístico. O encontro, na quarta-feira (13), com a participação ainda de representantes de instituições do setor hoteleiro, comercial e industrial de Macaé, foi conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico e pelo Procon.
A preocupação dos gestores municipais é que, de acordo com pesquisa com o público alvo da feira, realizada pela organizadora do evento, Reed Exhibitions Alcântara Machado, os custos com hospedagem e alimentação são os itens que precisam ser reavaliados para otimizar a Brasil Offshore 2015. "Para mantermos um custo satisfatório para o visitante, precisamos parceria de toda a cadeia empresarial", disse a representante da empresa, Renata Cardoso.
- Nossa intenção é traçarmos um alinhamento entre governo, sociedade e instituições, não para tratarmos de eventos, mas de infraestrutura de turismo. A diversificação econômica nunca foi tão necessária para o município. Com a Brasil Offshore, investimos em turismo de negócios, que traz um bom retorno à cidade. Entretanto, temos que abrir outras possibilidades. Para isso, juntos, temos que estar engajados no mesmo propósito. Lançaremos o programa “Bem Receber”, para orientar como se deve transmitir a imagem da cidade, entre outras ações. Contudo, vivemos um momento distinto das edições anteriores da feira. Precisamos nos adequar a esta realidade, alertou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Vandré Guimarães.
O coordenador Extraordinário de Proteção e Defesa do Consumidor, Carlos Fioretti, afirmou que o Procon-Macaé está atento à prática de reajustes abusivos na rede hoteleira e gastronômica. "Buscamos trabalhar de forma educativa, por isso indicamos, para que Macaé continue a ser sede da Brasil Offshore, que os empresários busquem causar uma boa impressão, conquistando clientes também para depois do evento", pontuou.
A diretora do Royal Macaé Palace Hotel, Isabel Tunas, justificou os valores da hotelaria, ressaltando que os três hotéis que dirige na cidade têm as mesmas despesas que o do Rio de Janeiro e o mesmo padrão. Ela salientou que alguns gastos fixos tiveram um aumento expressivo, como água e luz. "Mesmo com aumento de custos, a rede hoteleira de Macaé está conseguindo oferecer uma redução de 30% no valor das tarifas com relação à última edição da feira. O mercado regula as tarifas. Quem cobrou caro na última edição não está vendendo este ano. Os hotéis da cidade têm elevado padrão de qualidade, o que é verificado regularmente pela fiscalização da Amvisa-Macaé", disse.
Programa Bem Receber
Entre as novidades para o setor turístico está o Programa Bem Receber. A primeira fase do projeto consiste em palestras para taxistas e funcionários da rede hoteleira da cidade a fim de orientá-los como receber o visitante, como divulgar os pontos turísticos da cidade e a programação cultural e de lazer. O programa também prevê a elaboração e um calendário turístico com a participação dos setores envolvidos.
Brasil Offshore
O primeiro evento do ano do setor Offshore ocupará 40 mil m2 do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, no bairro São José do Barreto. A feira contará com Rodada de Negócios (Onip); Premium Club Plus (direcionado a profissionais de compra); Marketing/Negócios; Conferência Técnica (coordenada pela SPE e pelo IBP); o Student Paper Contest Latin America & Caribbean (SPE) - sobre produção acadêmica em níveis mestrado e doutorado - e o Espaço do Conhecimento (palestras sobre tecnologia e produtos, com entrada franca para os visitantes). Neste ano, será cobrado ingresso (R$ 50) de visitantes que não fizerem pré-credenciamento ou não comprovarem vínculo com o setor. As visitas dos estudantes (gratuitas) vão ser direcionadas para o último dia do evento (sexta-feira). Nos demais, eles pagarão meia entrada (R$ 25).