Para facilitar a integração de alunos com necessidades diferenciadas de aprendizagem ao ensino regular, a Secretaria de Educação contará com mais um suporte pedagógico. A partir do próximo ano letivo, serão lançados quatro Cadernos de Procedimentos Educacionais para orientação de professores.
O objetivo é oferecer à equipe escolar mais um instrumento pedagógico que colabore com o trabalho realizado na unidade de ensino voltado para a inclusão. Os Cadernos, que foram elaborados pela Equipe Multiprofissional da Secretaria, é inovador na região.
A proposta consiste em nortear o educador para lidar com estudantes que apresentem quadros específicos. São quatro cadernos: o primeiro sobre atendimento ao aluno disléxico em classe regular; o segundo sobre déficit de atenção e hiperatividade, o terceiro sobre os transtornos de conduta e o quarto é o Caderno de Habilidades Metacognitivas, que visa favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de autorregular sua aprendizagem.
Os cadernos serão distribuídos de acordo com as fichas de avaliação do estudante apresentadas pelas escolas à equipe. As fichas de leitura e escrita, de acordo com o segmento, e de comportamento. Junto com os Cadernos, os professores e equipe pedagógica escolar receberão orientações da Equipe Multidisciplinar. Os Cadernos, que apresentam tópicos sobre a metodologia de trabalho com alunos que apresentem problemas específicos, vão ser úteis também para ajudar na organização da sala de aula.
- Os Cadernos de Procedimentos Educacionais vão facilitar o trabalho dos professores. É um instrumento inovador e tudo que está sendo construído será constantemente revisado pela prática. É um suporte objetivo para facilitar a integração de alunos com necessidades diferenciadas em sua apropriação da aprendizagem, que é a atribuição maior da escola, sendo oferecido um recurso para isso, explica o secretário de Educação, Guto Garcia.
A psicóloga Júlia Abreu, coordenadora da Equipe Multidisciplinar, ressalta que a maior parte dos problemas de aprendizagem das unidades escolares não se dá pelo diagnóstico, mas sim por dificuldades escolares. “Muitas vezes os estudantes já vêm defasados em suas habilidades de aprendizagem. Outras, apresentam um transtorno de desenvolvimento, como hiper-atividade ou déficit de atenção que acabam influenciando na aprendizagem, e também os transtornos de conduta”, diz.
Segundo Júlia, desde o ano letivo anterior as escolas utilizam uma ficha padronizada para avaliação. Isso facilita o registro da observação feita pelo professor que atua diretamente com o estudante, o que tem facilitado a requisição da Equipe Multidisciplinar da Educação para um parecer em cada caso.
A Equipe Multiprofissional é composta por assistente social, fonoaudióloga, orientador pedagógico, psicólogo e psicopedagogo. Esses profissionais vão até as unidades escolares, a partir de ofícios encaminhados pelas mesmas, para avaliarem alunos que apresentam algum transtorno na aprendizagem ou problemas de comportamento. O trabalho consiste também em encaminhamento à rede de serviços especializados do município, que inclui as entidades conveniadas. Além disso, a equipe monitora esses encaminhamentos. Todos os estudantes encaminhados aos serviços especializados obtiveram vagas para atendimento.