Como é feita a locomoção do portador de deficiência no município? A verticalização das construções e quais os prejuízos que isso vai causar à cidade? Essas foram algumas das questões discutidas entre os participantes da Câmara Temática de Requalificação Urbana, coordenada pela arquiteta Suleima Didonet, na última quarta-feira (9). As Câmaras Temáticas estão discutindo problemas do município e vão identificar propostas para a elaboração do Plano Diretor.
A gestora do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, Marli dos Reis, participou da Câmara Temática ressaltando que o município já possui facilidades de mobilidade para o deficiente. Mas, lembrou que algumas medidas ainda precisam ser tomadas para melhorar ainda mais a locomoção dos deficientes em Macaé. Os participantes da câmara concordaram que o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CMDPPD) fará o levantamento dos locais na cidade onde existem mais dificuldades de acesso para os deficientes.
O coordenador do Plano Diretor, Hermeto Didonet, que participou da câmara, sugeriu aos participantes que a nova Lei tenha mecanismos que prevejam melhorias para o deslocamento dos deficientes, como, requalificação na estrutura física da cidade e na estrutura de gestão, assim como, seja realizada uma ampla campanha educativa para a população respeitar melhor o direito dos deficientes.
Outro ponto abordado na reunião foi a criação de novos condomínios e o crescimento da verticalização tanto na orla da praia quanto em outros bairros. “Temos que realizar uma reunião com representantes técnicos para discutir a revisão do código de obras para ver até que ponto a verticalização das construções afetará a cidade de Macaé, e como vamos frear esse processo”, disse Didonet.
Como coordenadora da Câmara Temática de Parcelamento, uso e ocupação do solo, a arquiteta e urbanista Paula Guedes, lembrou que a tendência do crescimento da cidade é mesmo a verticalização, mas afirmou também que é necessário que existam normas que definam padrões menos nocivos para a cidade e para os moradores.