A Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca de Macaé – Agrape - lança nesta segunda-feira, às 10h, a primeira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, no Curral Comunitário do Aterrado do Imburo. Às 13h, na sede da Fundação, haverá a inauguração das obras de reforma e ampliação do Ambulatório Municipal Veterinário de Atendimento a Pequenos Animais.
Enquanto a campanha da aftosa é nacional, o município lança também a campanha contra a raiva, no mesmo período. A equipe da Agrape vai aplicar a vacina contra a aftosa e a raiva nos animais dos pequenos produtores – no máximo 100 cabeças para cada.
O secretário Municipal de Agricultura, Chico Machado, dá mais detalhes sobre a vacinação. “Segundo lei federal, os criadores têm que vacinar os bovídeos em dois períodos: a primeira etapa de 1º a 31 de março; a segunda, em todo o mês de setembro, sob a fiscalização das secretarias de estado de Agricultura”, disse Chico.
Além da aplicação da vacina contra a aftosa, a equipe da Agrape vai vacinar também contra a raiva os animais dos pequenos produtores, até 100 cabeças. Portanto, deverão ser duplamente vacinados, contra a aftosa e a raiva, gratuitamente, 25 mil animais. Chico Machado informou ainda que o estado do Rio é considerado área livre de febre aftosa com vacinação.
Segundo informações dos veterinários Alexandre Augusto Oliveira e José Carlos Chagas, da Agrape, a febre aftosa é responsável por perdas totais; o animal atingido tem que ser sacrificado. A raiva mata o animal contaminado e também pode ocasionar a morte de pessoas que tiverem contato próximo com ele, geralmente os tratadores que, desconhecendo os sintomas, que são difíceis de identificar, venham a ser infectados através de um ferimento em sua pele.
O médico veterinário Alexandre Augusto fala sobre a transmissão e conseqüências da febre aftosa. “A transmissão da doença é por contato direto. Em poucas horas, atinge um número muito grande de animais. Com febre, lesões nos cascos e aftas na língua, o animal não se alimenta, perde peso, o leite é infectado. Para barrar a propagação, os animais doentes têm de ser lançados na vala, cremados e cobertos com terra. O prejuízo é total. Não se tem notícia de que a aftosa seja fatal para o homem. É mais uma doença econômica, enquanto a raiva mata animais e pode matar pessoas”, adverte Alexandre.
Segundo o médico veterinário Alexandre, uma equipe de três veterinários da Agrape fará o atendimento clínico e ambulatorial a animais de pequeno porte, das 08h às 17h, de segunda a sexta-feira.