O Centro de Atenção Psicossocial (Caps Betinho), da secretaria de Saúde de Macaé, foi premiado pelo Ministério da Saúde, Ministério da Cultura e Fundação Oswaldo Cruz na segunda edição do edital de seleção de projetos de Arte, Cultura e Renda. O valor do prêmio é de R$ 10.000,00. Os editais públicos promovidos pelo Ministério da Saúde têm como objetivo de promover a inclusão social e a melhora das condições de vida das populações.
O projetos premiado do Caps foi “Território de encontros e produção de diferenças”. O projeto consiste em promover intervenções urbanas em espaços públicos na cidade de Macaé, onde os usuários e profissionais de saúde mental utilizariam de intervenções artísticas para produzir e mediar um debate com a sociedade sobre a loucura.
- O nosso objetivo com este projeto é oferecer um tratamento artístico para atividades como dança, teatro do oprimido, coral, grupo de música, bloco de carnaval, dia da luta antimanicomial, cirandas e cordéis. Queremos combater o estigma da loucura que ainda persiste, fazendo com que a sociedade se aproxime dos usuários de saúde mental, e fazendo com que esses usuários ocupem os espaços urbanos, disse coordenador técnico da unidade, Júlio César da Silva
O dinheiro será aplicado em conformidade ao projeto, montando estrutura de apresentações artísticas, adquirindo tendas, microfone, palco, megafone entre outros. Será montado um conselho de gestores , formado por usuários e profissionais da saúde mental que vai gerir a estrutura das apresentações.
Esse é o segundo prêmio conquistado pelo Caps neste ano, sendo o primeiro sobre projetos de supervisão clínico-institucional, também no valor de R$ 10.000,00.
Projeto já está em funcionamento
O projeto “Território de encontros e produção de diferenças “ já atende aos usuários de saúde mental do município. Entre os beneficiados, está Edilson Rodrigues da Costa, que ressalta a mudança de imagem que o projeto promove sobre os usuários de saúde mental e como isso tem afetado a vida deles.
- Quando nos apresentamos no teatro Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro, fomos aplaudidos de pé. Nossas apresentações são sempre diferentes, tendo espaço para a improvisação. Graças a este projeto, somos reconhecidos como artistas. A protagonista da apresentação sofria preconceito no bairro onde ela mora, mas, com este projeto as coisas começaram a mudar e logo após a apresentação no teatro acabar, ela era disputada para tirar fotos com a platéia, estamos todos muito felizes com o resultado, empolga-se.