No próximo dia 18 é comemorado o Dia Internacional Antimanicomial. Lembrando a data, o Teatro do Oprimido fez sua apresentação nesta terça-feira (12), no auditório do Colégio Estadual Luiz Reid, apresentado em dois turnos manhã e tarde. O grupo, composto por nove integrantes, foi criado pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), da secretaria de Saúde. O objetivo é utilizar o teatro para trabalhar com voz, público e principalmente levando mensagem de luta contra os portadores de transtorno psíquico.
O espetáculo, de 60 minutos, aborda cenas de preconceito que o portador psíquico enfrenta em seu dia-a-dia. A peça foi criada coletivamente a partir de situações reais, possibilitando através da técnica do teatro-fórum, a participação da platéia com 100 alunos, provocando discussões como o respeito às diferenças, o medo, a violência e a exclusão social.
Mas não para por aí. Os atores se retiram de cenas e o espectador atua no palco e sente verdadeiramente na pele o preconceito. “Achei a peça muito legal. O mais importante é como a mensagem é levada para o público”, diz a aluna Natália Pereira, do sexto ano, que se dispôs a contracenar com o grupo.
Segundo o coordenador da Oficina do Teatro Oprimido, Nelson Cruz, a expectativa é unir a sociedade com os portadores psíquicos, sem preconceito e sim o respeito. Ele comenta ainda, que levará o espetáculo a outras escolas do município e associações de Moradores. Na semana que vem, a peça estará em Casimiro de Abreu.
-O Caps é o espaço onde o portador aprende e descobre a vida. A nossa metodologia é eliminar as práticas antigas de internação e trazendo os portadores psíquicos para a sociedade, e estar inserido e estimulado, diz a coordenadora do Programa de Saúde Mental, Maria Luíza Quaresma, relatando as atividades que são realizadas no Caps como oficinas de jornal, teatro, musicoterapia, artesanato, entre outros.
O Caps funciona na Rua Visconde de Quissamã, 482, Centro, de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h.