Organizado pela prefeitura, o carnaval de Glicério – um dos distritos da serra – atraiu milhares de foliões, neste domingo (03), entre moradores e turistas de diversos estados e do município do Rio de Janeiro. Na praça principal, a programação contemplou crianças, adolescentes e adultos, que também integraram blocos "de sujo" e blocos com "alma de escola de samba".
Às 20h, teve início a chamada matinê, programação infantil comandada pelo DJ Marcelinho, que selecionou um repertório ao gosto das crianças, com músicas de apresentadores infantis da televisão e as tradicionais marchinhas, que fizeram o carnaval das vovós – “Me dá um dinheiro aí”, do comediante Moacyr Franco, ou “Se a canoa não virar eu chego lá”, sucesso dos anos 60 na voz de Emilinha Borba, hoje cantada nos estádios de futebol.
Passa das 22h. É hora de criança dormir. Os adolescentes se esbaldam no funk e curtem. hits de escolas de samba, enquanto o bloco “Unidos da Serra” desce para o Óleo – distrito vizinho – sob o aplauso da platéia, postada ao longo do caminho, resistindo à chuva fina, que teimava em atrapalhar a brincadeira.
Segundo Dona Yvone, organizadora do “bloco com alma de escola de samba”, o Unidos da Serra apresentou o enredo “Mãe é mãe”, o Mito de Adão e Eva. “No carro alegórico, está a homenageada deste ano, dona Joani Jatobá – Ä mãe da Serra – na casa dos 80 anos, parteira que amparou centenas de bebês nascidos na serra. No chão, bailam a porta-bandeira Jaqueline Louzada, dublê de atriz e apresentadora de eventos, atriz e professora do Art Luz, e seu namorado Werley Santos, improvisado em mestre-sala, que deram um show à parte. Não faltaram Adão e Eva e a serpente vermelha, que espalhava seu veneno entre os 300 componentes do bloco.
O carnaval de Glicério continua com a programação da praça e os desfiles dos blocos “Pinto Cansado”, nesta segunda-feira (04) e Vuco-Vuco, na terça-feira (05).
