Casa da Educação e diretores de escolas debatem o Projeto de Criança da Petrobras

10/03/2005 18:36:15 - Jornalista:

Coordenadores da Casa da Educação discutiram as mudanças efetuadas no Projeto de Criança da Petrobras a partir deste ano. A reunião foi realizada no auditório do SESI, na última quarta-feira, 09 de março, com representantes do Sistema Firjan e a coordenadora geral do Projeto. O ponto considerado mais polêmico pelos diretores de escolas é a posse da vaga pelo aluno, que a leva com ele para onde for transferido. Foram analisados outros pontos como ampliação do número de crianças participantes, exclusão de alunos, idade limite, além do maior envolvimento de pais e dos diretores de unidades de ensino e a participação das empresas offshore e onshore no Projeto.

A coordenadora geral do Projeto, Renata Matos, reforçou a posse da vaga pelo aluno. “A vaga não é da escola; essa é a mudança principal do Projeto de Criança da Petrobras”, afirmou. Essa posição foi questionada por alguns diretores de unidades escolares, devido à pressão que a comunidade exerce, exigindo que a vaga fique na escola. Quanto a isso, a coordenadora afirmou que “a Petrobras não abre mão; já é questão fechada”. Renata afirmou que a Petrobras vai fazer o acompanhamento das crianças bem mais de perto, durante sua permanência, e após ela deixar o Projeto, para medir a validade do esforço feito pela empresa.

Quanto à ampliação da clientela, a coordenadora geral disse que após estudos de gastos com o Projeto, a Petrobras concluiu que é impossível arcar sozinha com um número superior a 200 crianças. Tanto a coordenadora do Projeto quanto a gerente operacional do SESI, Mauriléia Rodrigues, prometeram pesquisar em suas organizações a possibilidade de se empenharem pela participação das empresas fornecedoras da Petrobras.

O ponto de corte, a partir de um determinado número de faltas, também foi questionado pelo grupo de coordenadores que trabalham com inclusão, representado pela professora Alda Canabarro. A representante da Petrobras prometeu rever essa posição e acrescentou que será estudado caso a caso.
Para continuar a análise das mudanças, a representante da Petrobras prometeu nova reunião para daqui a 60 dias.