Foto: João Barreto
São atendidos, em média, 90 pacientes todos os dias na Casa do Curativo
Desde a sua inauguração, em janeiro deste ano, a Casa do Curativo, um Polo de Prevenção e Tratamento de Lesões Cutâneas, já realizou 7,5 mil atendimentos, sendo 90% de lesões com grau dois, que cicatrizam após 30 dias. Deste total, 372 pacientes continuam em tratamento e 68 obtiveram alta. O aposentado Juceli Xavier do Nascimento, 77 anos, morador do bairro Centro, foi atropelado e, por três meses, passou por cuidados no espaço. Com lesão na perna direita, conta que chegou a acreditar que teria seu membro amputado. "Agradeço muito o atendimento e a postura de todos os profissionais da casa. Esse serviço é um dos melhores que a prefeitura já fez. Outros municípios do Rio de Janeiro deveriam ter essa unidade como referência", afirmou o aposentado.
De acordo com dados da Casa do Curativo, são atendidos, em média, 90 pacientes todos os dias na Casa do Curativo, que oferece sete especialidades. Entre elas, enfermagem, angiologista, dermatologista, psicóloga, cirurgiã plástica, assistente social, podóloga. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O espaço é muito importante para a cicatrização da lesão e, com isso, o paciente é reinserido na sociedade. Além disso, os trabalhos evitam complicações maiores decorrentes de doenças como diabetes e úlceras de pressão.
A unidade, localizada no cruzamento entre as ruas Euzébio de Queiroz e Visconde de Quissamã, no Centro, é pioneira na região. O objetivo é reduzir os números de amputações, principalmente, de pacientes com doenças crônicas: diabetes e hipertensão. O intuito é, ainda, oferecer um ambiente humanizado e preparado com profissionais capacitados.
A Casa do Curativo conta com salas para atendimento de lesões de grau 2 (úlceras crônicas de difícil cicatrização), central de material esterilizado simplificado, consultório médico para as especialidades de cirurgia vascular e dermatologia, sala de podologia e de verificação de pressão. O espaço também foi adaptado para receber pessoas com deficiência. Os pacientes são encaminhados das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Especialidades e Estratégia Saúde da Família (ESF), portadores de feridas crônicas, pacientes diabéticos e com infecções na pele que necessitam de tratamento longo e específico.
A dona de casa Maria Santana dos Santos, 64 anos, moradora do bairro Malvinas, frisou que depois de 30 anos com lesão nas duas pernas, está percebendo os resultados em dois meses de tratamento. "Aqui é o melhor local para esse tipo de tratamento. Estou há anos buscando uma solução para o meu caso e não conseguia resolver. Agora já está quase curado. Além disso, o atendimento é com muito respeito e carinho", frisa a paciente.