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Cemaia: referência em adoção

11/05/2006 09:42:22 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Treze crianças abrigadas no Centro Municipal de Apoio à Infância e Adolescência (Cemaia), mantido pela Fundação de Ação Social de Macaé (FAS), foram adotadas no ano passado. O número – expressivo para a realidade brasileira – mostra porque o Cemaia é considerado referência nacional no cuidado com menores vítimas de abandono familiar. “Temos orgulho da equipe de profissionais do Cemaia estar conseguindo ajudar essas crianças a encontrarem uma nova família”, comentou o presidente da FAS, Fernando Horta.

Hoje, são 13 profissionais trabalhando no Cemaia, localizado no bairro Virgem Santa. O principal objetivo do Centro é promover a reintegração das crianças às suas famílias de origem. Caso isto não seja possível, buscam-se alternativas como a adoção junto com o Ministério Público.

O Centro está dividido em duas casas: uma para crianças de zero a seis anos de idade (setor 1) e outra para crianças e adolescentes de sete anos a 18 incompletos (setor 2). Atualmente, estão abrigadas seis crianças no primeiro setor e 15 crianças e adolescentes no segundo.

A diretora geral do Cemaia, Samantha Fragoso Pinto, disse que em oito ano 1,6 mil crianças e adolescentes de Macaé, região e cidades fora do estado já passaram pela entidade. “A maioria dos internos volta à família de origem, mas só no ano passado promovemos 13 adoções”, conta.

As profissionais que atuam no Centro são quatro assistentes sociais, duas psicólogas, uma pedagoga, duas coordenadoras, uma responsável técnica e três estagiárias em serviço social. Além disso, também trabalham no local guardas municipais e monitores que dão segurança aos internos.

“Fazemos com que o ambiente seja acolhedor, mas o Cemaia é um abrigo provisório. O mais importante é que os jovens reencontrem a família de origem ou uma substituta”, explica Samantha. Além disso, acrescenta ela, o trabalho tem a meta de inseri-los na comunidade. Todos estudam na rede tradicional de ensino e participam de programas comunitários.

Conforme o desejo e a habilidade de cada um, acontece a prática de atividades culturais, esportivas e de lazer. Existe uma sala especializada em promover trabalhos manuais (arte terapia). O refeitório é amplo, havendo três quartos no setor 2: um para meninas, outro para meninos de sete a 12 anos e um terceiro para rapazes de 13 a 18 anos incompletos.

Os jovens internados no local são levados pelo Conselho Tutelar, Ministério Público e Juízo da Infância e da Juventude. “Estes órgãos são os únicos que podem aplicar medida protetiva, promovendo a internação das crianças”, avisa a diretora.