A Barra de Macaé vai ganhar, no início do ano, a quinta unidade do Centro Municipal de Educação e Atendimento especializado ao Escolar – Cemeaes. O anúncio é feito pela coordenadora geral, a fisioterapeuta Marlene Reis. Segundo ela, o público alvo será crianças do setor Rosa, em fase de alfabetização, que vão ser atendidas com base num programa adaptado à realidade urbana, extraído de um projeto piloto aplicado à zona rural. A nova unidade vai funcionar em prédio situado próximo ao Copa.
A secretária de Educação, Milmar Pinheiro, fala da nova unidade e adianta a implantação de outras na cidade e na serra. “A unidade Barra passa pela última etapa de obras para ser inaugurada no início do ano. O prefeito Riverton Mussi pretende implantar, em 2006, uma unidade para atender os bairros Miramar e Visconde, além de outra na serra, que já conta com uma em Córrego do Ouro. A prefeitura iniciou o levantamento de espaços para a implantação dessas unidades, que prestarão serviço de alta qualidade, que é a marca do Cemeaes”, afirma Milmar.
A coordenadora do Centro conta que, na serra, o Cemeaes foi requisitado a atuar junto ao Programa Acelera e elaborou um projeto piloto, empregado com sucesso, há quatro meses, em alunos na faixa de sete a 15 anos, do Colégio Municipal Pedro Adami, de Córrego do Ouro. Esses alunos tiveram algum impedimento na fase de alfabetização, mas já estão prontos para voltar às suas séries de origem. O projeto piloto é desenvolvido por psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, em parceria com professores e diretores de escolas. Segundo ela, o projeto será adaptado à área urbana, para ser empregado na unidade Barra, como trabalho preventivo em crianças na fase de alfabetização. Satisfeito com os resultados, e atendendo às necessidades das crianças, o prefeito Riverton Mussi apóia a implantação dessa unidade, afirma Marlene.
Segundo ela, dentre outras prioridades a serem alcançadas em 2006, contam-se a criação do primeiro Centro de Processamento de Dados (CPD) e o Setor de Recursos Humanos (RH), que ficará a cargo da psicopedagoga e professora Valéria. A finalidade é a permanente atualização dos dados para saber, por exemplo, em que tipos de atendimento o Cemeaes é mais requisitado e a população é mais contemplada.
- Quando assumimos a administração do Cemeaes, não era conhecido o percentual de atendimento das escolas da rede. Hoje, sabemos que dos 35 mil 360 atendimentos/mês, 57% são de alunos da rede municipal, num total de 20.155, e os que não são da rede municipal somam 15.205 (43%).
Marlene Reis informa que do quantitativo oferecido à população, o maior número de atendimentos é de procedência educacional e social, conjugadas, contemplando as atividades físicas do módulo, atingindo 67% do serviço. Ela observa que a partir desses dados, a coordenação vai repensar a forma interna de trabalhar em todas as áreas, tanto clínica quanto educacional. Para isso, cada setor vai apresentar um trabalho para discussão e posterior utilização no serviço interno, a partir da primeira ou segunda semana de fevereiro.
A coordenadora conta que quando assumiu a rede Cemeaes em janeiro deste ano, estabeleceu três diretrizes, que conseguiu concluir, começando a implantação em fevereiro. “A primeira foi criar uma estrutura administrativa para saber quantas pessoas eram atendidas, de que regiões vinham e saber quantos alunos da rede municipal freqüentavam o Cemeaes. A segunda foi identificar e quantificar os colaboradores dentro de suas funções, através do Curso de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida. E, a terceira, situar os usuários em cada módulo, para que não houvesse a necessidade de transitarem de um para outro, visando conforto e melhor qualidade no atendimento. Havia usuários que freqüentavam três módulos, o que dificultava seu acompanhamento terapêutico e educacional”, conclui Marlene.