logo

Censo é prorrogado até final de agosto

17/08/2007 17:21:48 - Jornalista: Alexandre Bordalo

O censo habitacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Macaé desde o dia 16 de abril será prorrogado até o final do mês de agosto. Segundo o coordenador de subárea do instituto, Wagner Scheid, todos os bairros e distritos já foram visitados pelos recenseadores, mas há grande número de domicílios fechados ou vagos, fato que atrapalha a exatidão do registro populacional.

- É fundamental que as pessoas nos recebam para a contagem. Caso não possam nos atender, devem telefonar para os telefones 2772-5022 ou 2762-1565, repassando informações para que tenhamos condições de enumerar a quantidade de moradores daquela residência, onde havíamos encontrado as portas fechadas - frisa Wagner.

Macaé pode ter menos verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), caso o número populacional não seja devidamente registrado pelo censo. Motivo: o repasse da verba federal depende do número de habitantes. Nas áreas de saúde e de educação, por exemplo, também é importante que o número de moradores da cidade reflita o correto, devidamente registrado pelo censo, para o recebimento de investimento nesses setores.

O IBGE havia anunciado, no dia 9 de agosto, 144.235 pessoas no município, em censo realizado por 70 recenseadores. Mas ainda faltava visitar vários setores (distritos, sub distritos e bairros). A projeção feita no último censo, em 2000, mostrou que o município teria 160.725 habitantes em 2006. Os trabalhos devem ser concluídos com números próximos a essa projeção.

- Até o final de agosto iremos cobrir os setores já percorridos onde houve grande número de domicílios fechados. Esses se localizam, principalmente, no Bairro da Glória, Cavaleiros e Riviera Fluminense – ressaltou Wagner. Ele diz ainda que essas famílias são pequenas e passam o dia fora e no momento do censo - realizado entre 8h e 21h, inclusive nos finais de semana – não podem atender os recenseadores.

Já o coordenador das comissões censitárias do Estado do Rio de Janeiro, Celso Mendes, disse que além de residências, são contados pelo serviço do IBGE indústrias, comércios e serviços na cidade. Ele pontua ainda que não é possível apresentar números irreais. A cidade de Porciúncula (Norte do Estado do Rio de Janeiro), pela falta de apenas um morador, perdeu a chance de mudar de faixa, no FPM. “Uma contagem bem definida evita prejuízos ao município”, ressalta, lembrando que em muitas cidades a maior fonte de renda é proveniente do Fundo.

No censo em Macaé - com o término prorrogado da mesma forma que em todo o país, devido às dificuldades encontradas pelos recenseadores – é utilizado computador de mão, que substitui o questionário, mecanismo mais usual até então. O censo demográfico mais detalhado é feito de dez em dez anos. No atual, há menos perguntas. Chama-se contagem da população e é realizado de cinco em cinco anos.

Uma questão tratada pela comissão censitária macaense – composta por representantes da secretaria de Planejamento, Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca e do Programa Macaé Cidadão - na reunião do dia 9 de agosto, no Colégio Municipal Maria Izabel Damasceno, foi a veracidade do número populacional registrado.

Foi aceita pelo IBGE a sugestão para alargar o tempo para conclusão dos trabalhos, previstos inicialmente para o fim de julho. Além disso, observou-se que muitos trabalhadores, usuários dos serviços públicos de Macaé, como os de Saúde, não são contabilizados no censo como moradores da cidade. Isso acontece pelo fato de eles só ficarem aqui de segunda-feira a sexta-feira, voltando a suas residências fixas nos finais de semana.

Nesse caso, são considerados habitantes daquelas cidades. Com isso, Macaé, que tem grande população flutuante (trabalhadores), sai perdendo. Isso acontece devido ao padrão internacional, obedecido pelo IBGE.