O Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip Hop (CiemH2) mantido pela Fundação Macaé de Cultura, comemora, hoje (15), dois anos de fundação, com o lançamento do documentário “Artes de uns sobre muitos no mundo”, às 19h30, em sua sede. A produção é baseada na turnê da companhia de dança Membros, do CiemH2, por 14 países da Europa e África. A entidade também promove o I Festival de Dança de Rua de Macaé, que nesta sexta-feira (17) a domingo (19), levará o evento “Se essa rua fosse minha” ao bairro Nova Holanda.
A companhia de dança Membros é um dos grupos de dança brasileiros com mais atuações no exterior, com cerca de 200 apresentações. A primeira turnê na Europa foi em 2002, com o espetáculo “Raio X”. Há duas semanas encerraram a sexta temporada no exterior. No final do próximo mês retomarão seus trabalhos fora do país, com apresentações marcadas até 2008. A proposta de formação do grupo foi o resgate de talentos das escolas públicas de Macaé. Atualmente, a companhia coreografada por Taís Vieira e Paulo Azevedo é composta por oito jovens na faixa etária de 22 anos.
Há um rodízio entre os integrantes do grupo. Os veteranos se revezam como monitores voluntários do centro, abrindo espaço para novos jovens na companhia. Paulo, idealizador do CiemH2, explica que o estilo da Membros é o Dança Política, tema de seus estudos de doutorado em Política. “É uma forma de organizar o pensamento para que o corpo possa ser uma referência política de debate”, sintetiza o diretor artístico. No próximo mês a companhia estreiará o espetáculo “Febres’, em Macaé.
Além da Membros, a banda Art.1 e o grupo Dança Inclusiva, coordenado por Dilma Negreiros, também são destaques no CiemH2. A Art.1 representou o Brasil na cerimônia do WCPRC, em abril, na Suécia, e o Dança Inclusiva recebeu o “Prêmio Funart Além dos Limites”, no ano passado, por sua metodologia que integra pessoas com diferentes graus e deficiências físicas e mentais.
O Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip Hop comemora dois anos de fundação, mas o primeiro grupo de hip hop que germinava essa idéia nasceu em 1995 e o Dança Inclusiva, em 1999. Com 18 anos de trabalho, os idealizadores do projeto contam hoje com sete professores voluntários e oito monitores para os departamentos de Pesquisa, Gestão Cultural, Centro de Estilo, Moda e Comportamento e o Artístico. São cerca de 200 matrículas para as oficinas de street dance, graffiti, música, teatro, áudio/dj, capoeira, entre outra, e aproximadamente 200 nomes na lista de espera para os cursos. O CiemH2 fica na Av. Duque de Caxias, 190, Visconde de Araújo. Tel.: 3051-4356.