A prefeitura de Macaé, continuando as ações do Programa Água Limpa, começou a transportar, na quinta-feira (16), as placas pré-moldadas de cimento e aço que vão compor a ponte na passagem de nível sobre o Canal Fábio Franco, entre a Rua Conde de Araruama, no centro, e a Linha Vermelha, no bairro Miramar. As placas pré-moldadas, com peso de cerca de quatro toneladas, foram feitas no canteiro de obras localizado em frente ao Ginásio Municipal, no Sol y Mar. Com as placas no local, a prefeitura começa a montagem da ponte para liberação do tráfego de veículos.
O trânsito no local foi interditado, por solicitação da secretaria executiva de Obras (Semob), pela Macaé Trânsito e Transportes (Mactran), para colocação de peças e movimentação de carga pesada, no trecho da Rodovia Amaral Peixoto - entre as ruas Osvaldo Cruz e José Domingues; Rua Tarcísio de Almeida Miranda, no cruzamento com a Getúlio Vargas. Agentes de trânsito da Mactran estão no local auxiliando os condutores a utilizarem o desvio feito pelas ruas: José Domingues, Getúlio Vargas e Osvaldo Cruz. A interdição acontece para garantir a segurança dos pedestres e motoristas, por causa do peso dos pré-moldados, que exigem a utilização de guindastes para sua instalação.
O secretário de Obras, engenheiro Mário Bucker, acompanhou a chegada das primeiras placas ao local e colocou que até 25 de outubro a ponte já estará no lugar e o trânsito liberado para pedestres e veículos. Lembrou o secretário que, concluída a instalação da ponte nesta passagem de nível, as intervenções no Canal da Fábio Franco vão continuar e a próxima passagem a ser interditada, no início de novembro, será a localizada próximo à Comunidade da Linha, nos Cajueiros. Bucker também observou que a terceira intervenção no Canal será na passagem próxima ao ABC e, depois, na situada na descida do Morro de Sant’Anna.
- A Semob prevê que as intervenções nas passagens de nível sobre o Canal da Fábio Franco demorem de 20 a 30 dias, no máximo, em cada uma. Para os pedestres e bicicletas vamos continuar instalando uma passarela. Essas intervenções sobre esse canal são as primeiras ações do Programa Água Limpa para acabar com os alagamentos em vários pontos da cidade - falou Mário Bucker.
O secretário acrescentou que o Programa Água Limpa começou com as ações no canal da Fábio Franco, construído há muitos anos e que está estrangulado principalmente sob as pontes das passagens de nível, porque ele funciona como ponto final de drenagem da saída da água que acumula nas ruas em casos de chuva. Após o alargamento de todas as quatro pontes, será iniciado o alargamento do canal que cruza a rua Télio Barreto e da caixa de bombeamento na beira-rio, onde existem duas grandes bombas de sucção utilizadas para agilizar o escoamento das águas pluviais em caso de chuvas mais fortes.
- A prefeitura vai instalar na caixa de bombeamento mais três bombas de sucção e construir novas comportas para aumentar a vazão de água. Sem intervenções no Canal da Fábio Franco não há como acabar com os alagamentos e melhorar a vazão das águas pluviais nos bairros abaixo do nível do mar – disse o secretário.
Fim dos alagamentos e expansão do saneamento básico na cidade
Um investimento alto para solucionar o problema crônico dos alagamentos na cidade e, ainda, melhorar o saneamento básico na cidade. Esse é o Programa Água Limpa, no qual a prefeitura vai investir R$ 240 milhões. Na fase inicial, a prefeitura está investindo mais de R$ 40 milhões e as obras dessa fase estarão concluídas até o final de 2009. Esse Programa é o maior investimento em drenagem e saneamento da prefeitura nos últimos anos. Serão quatro anos de obras, com geração de cerca de mil empregos diretos. Toda a cidade será contemplada com obras de drenagem e saneamento, já que o Água Limpa prevê a instalação de 15 bombas de drenagem, construção de 183 mil metros de redes de esgoto, sete mil metros de rede de águas pluviais de concreto armado, 15 estações elevatórias e linhas de recalque, além de obras de pavimentação, com 115 mil metros quadrados de asfalto e 41 mil metros quadrados de paralelos. Ao todo, a obra vai utilizar 33,5 mil metros cúbicos de concreto.