Acontece nesta terça-feira (16), apresentação da orquestra de choro Viriato Figueira da Silva. Os 30 músicos da orquestra se apresentam a partir das 18h, na entrada do prédio do Centro Macaé de Cultura, na Avenida Rui Barbosa, 780, Centro. Entre os instrumentos estão flauta transversa, violino, sax, cavaquinho e pandeiro. Segundo o regente Jean Macahe, o grupo apresenta músicas de Pixinguinha, Álvaro Sandim, Benedito Lacerda e outros. A orquestra pertence ao Conservatório Macaé de Música (CMM), que faz parte da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes da Fundação Macaé de Cultura.
De acordo com o coordenador do Conservatório, o músico Lúcio Duval, é importante resgatar a música brasileira mais autêntica, como o choro. “Assim como o jazz está para os Estados Unidos, o chorinho está para o Brasil”, ressalta, acrescentando ainda o fato de este estilo musical ter harmonia e melodia bem elaboradas. Ele lembra que o choro, da mesma forma que as raízes brasileiras, está perdendo espaço, devido à cultura de simplificação. “A Fundação está fazendo o melhor para divulgar esta música”, avisa.
A orquestra também ensaia composições de Anacleto de Medeiros e Maurício Carvalho. Os seus componentes são provenientes do Conservatório e da Sociedade Musical Nova Aurora. “Queremos mostrar à juventude que o choro está vivo”, destaca Jean.
De acordo com o advogado Júlio César Marques de Carvalho, que todas as quartas-feiras, à noite, toca chorinho no Bar Bico da Coruja, o chorinho tem raízes 100 % brasileiras, uma vez que o samba tem origens africanas. “O chorinho tem riquezas de notas musicais (tons e semi tons)”, avisa ele. Já o bancário Edson Dias de Assis, que também faz parte do grupo, diz que se viu no país o apogeu de diversos estilos, mas atualmente o chorinho está retornando.
O regente
O músico Jean Macahe (27), regente da orquestra Viriato Figueira da Silva, estuda música desde os 08 anos e tem currículo com envolvimento com choro. Hoje, ele ensina flauta transversa no CMM e na Sociedade Musical Nova Aurora. Já fez parte de oficina de choro, com Álvaro Carrilho, na Lapa (Rio de Janeiro). Estudou com Andréa Ernest Dias, em Morrete (PR). Tem experiência para levar o chorinho aos alunos que compõem a orquestra.
Em Macaé, ele participa do quinteto “Conversa Comigo” e do grupo de samba “Rasteira em Cobra”. Em ambos toca flauta transversa. “Gostaria que as empresas públicas e privadas apoiassem a orquestra Viriato Figueira da Silva para lançarmos nosso primeiro CD”, solicita.