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Ciência e Tecnologia expostas na praça até hoje

22/10/2015 09:15:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Rui Porto Filho

Público pode conhecer de perto projetos desenvolvidos por estudantes da UFRJ, como a taxidermia

Repetindo o sucesso de público de terça-feira (20), na Cidade Universitária e no núcleo da instituição, no bairro São José do Barreto, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levou seus projetos de extensão acadêmica à praça Veríssimo de Mello. O evento, na quarta-feira (21), que integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), aconteceu durante todo o dia. Graduandos e professores apresentaram a estudantes e a população em geral 23 projetos em diversas áreas, com destaque para a de Saúde e Biologia. O Instituto Macaé de Ciências & Tecnologia (IMCT) estima que, entre os alunos confirmados das escolas presentes no município e o público circulante, cerca de 10 mil pessoas participarão das atividades propostas até esta quinta-feira (22).

A programação da SNCT continua até às 16h, também na praça, com a Feira de Ciências das Escolas Públicas Estaduais de Ensino Médio do Município e ainda com exposições, palestras, mostras e oficinas oferecidas por entidades parceiras da prefeitura. No auditório da Cidade Universitária, às 19h, será ministrada palestra, com entrada franca, sobre os veículos para operações offshore a controle remoto, os ROVs. Não é preciso fazer inscrição.

Estudantes, desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, foram convidados e estavam muito atentos às atividades nos estandes. Mas até mesmo os menores, que passavam pela praça, não perderam a oportunidade de matar sua curiosidade. Um dos projetos preferidos foi o ‘Ações Integradas do Espaço Ciências para a Promoção do Desenvolvimento Socioambiental no Norte Fluminense’. O grupo levou à praça animais da fauna local que haviam sido mortos por atropelamento na rodovia e levados pela Guarda Ambiental para à universidade com a finalidade de produção de modelos em taxidermia, ou seja, um tipo de empalhamento para a exposição da espécie.

Os visitantes tiveram a chance de tocar e conhecer, de forma didática, um pouco sobre as espécies expostas: tatu, lobo, preguiça e ouriço. Assim, os estagiários do 7º ao 9º período do curso de Licenciatura em Biologia da UFRJ colocavam seus conhecimentos em prática. Essa troca produtiva aconteceu em todos os estandes. Outro muito visitado, que expôs animais marinhos, foi o ‘O Reino das Águas Claras’. As estagiárias, também de Licenciatura em Biologia, confeccionaram fantoches dos personagens de Monteiro Lobato que foram chamariz para as crianças.

“Eu gostei mais da preguiça”, diz Fabrício Gregório, 4 anos, que já compreendeu que se a mata pegar fogo todos aqueles animais correm risco de morte. Já a Nicolee Boris, 8, não soltava o pequeno lobo. Sua mãe, 41, Arlete Boris Silveira, aprovou a proposta. “É uma forma de quem não pôde frequentar a universidade ver de perto o que só conhece pela TV”.

Aplicando tudo o que aprenderam, não somente em biologia, mas também em metodologia de ensino, os graduandos, com uma linguagem adequada ao entendimento do público, iam atraindo plateias. “Nós queremos chamar a atenção para toda esta diversidade do litoral Norte Fluminense, para começarmos a trabalhar a educação ambiental”, ressalta Vitor Oliveira (7º período). “Temos também a preocupação de divulgar a universidade, para que estes alunos nos visitem e que assim possamos integrá-los a outros projetos de extensão”, completa Victor Hugo de Almeida (9º).

- Este projeto de extensão é uma via de mão dupla. Não somente pensamos em cativar o público, mas também docentes e alunos de graduação. Isso porque eles nos dão um retorno que faz surgir ideias novas. Essa interação é muito rica – enfatiza a professora da UFRJ, Christine Ruta.


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