Ciência e tecnologia são alternativas de fontes econômicas

13/04/2016 14:57:00 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Maurício Porão

Ciência, tecnologia e inovação ampliam a sustentabilidade do município

O investimento em políticas públicas voltadas para a ciência e tecnologia como nova fonte econômica alternativa para a crise do setor do petróleo. Essa foi uma das principais questões levantas pelos participantes na abertura do VI Fórum Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, na manhã de quarta-feira (13), no polo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do bairro São José do Barreto (Nupem/UFRJ). O tema central do evento foi “Desafios 2020: Macaé Cidade do Conhecimento”.

Transmitido simultaneamente pela internet, o evento reforçou o desenvolvimento econômico embasado em políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. Na abertura, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, Alexandre Fernandes dos Santos, representou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio.

- Desde que estávamos à frente da Agetrab e, agora, na secretaria de Desenvolvimento Econômico, nos relacionamos com o mercado, as empresas, e ouvimos sobre a crise. A crise gera oportunidades. Tanto o município quanto as empresas viveram num patamar de conforto. É preciso inovar através da Educação, Ciência e Tecnologia e pensar daqui para frente. O IMCT (Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia) precisa de insumos para implementar políticas públicas – destacou Alexandre Fernandes dos Santos.

O fórum abordou temas como a ‘Popularização da Ciência’, ‘Consolidação do Sistema Local de Ciência, Tecnologia & Inovação’, ‘Empreendedorismo de Base Tecnológica’ e ‘Desafios para o Desenvolvimento Científico em Macaé’ e foi realizado pelo Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia (IMCT). Presentes estavam as secretárias de Educação, Marilena Garcia, e Adjunta de Gestão Estratégica, Gisele Muniz; o presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Gleison Guimarães; o vice-presidente da Funemac, Carlos José Mattos de Andrade; o professor titular em Ecologia pela UFRJ e diretor do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem/UFRJ), Francisco Esteves; o diretor do Nupem, Rodrigo Nunes, entre outras autoridades.

Após a abertura, foi realizada palestra do professor Francisco Esteves com o tema “Pesquisa Científica e Desenvolvimento em Macaé: Presente, Passado e Futuro”. “A Idade da Pedra não acabou porque acabaram as pedras, mas sim porque surgiram novas tecnologias. E o petróleo quando acabar? E as grandes empresas aqui instaladas. E depois quando elas forem embora? A economia do petróleo é efêmera, passageira. Macaé é um laboratório natural para os mais diferentes campos de pesquisa, pautadas pelo petróleo”, ressaltou Esteves.

Ao final da plenária representativa, serão elencadas diretrizes do município para a área. Essas diretrizes deverão ser conduzidas por meio de um Sistema Local de Ciência Tecnologia & Inovação (CT&I) que favoreça a superação dos desafios da Política Pública Nacional do setor até 2020, em Macaé.

- Durante 30 anos Macaé viveu uma economia extrativista. Acreditamos em criar outro modo de identidade. Ver Macaé como uma cidade onde se aprende e se ensina e que se irradia para outras cidades. Macaé precisa ocupar esse lugar com políticas indutivas e estabelecer questões de consenso para gerar frutos. Estabelecer um conjunto de medidas e proposições para que possamos contribuir e alcançar esse lugar – explicou Joelson Tavares, presidente do IMCT.

Prefeitura retoma concessão de Bolsas

Durante o VI Fórum, Gleison Guimarães anunciou que a Prefeitura irá retomar os editais de concessão do Programa de Bolsas pela Funemac. O objetivo é estimular a Ciência, a Tecnologia e a Inovação no município, principalmente no âmbito do empreendedorismo.

- Após reunião, ontem (terça, dia 12), entre o prefeito Dr. Aluízio, o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sidney Matos, o diretor do Instituto de Ciências Sociais em Macaé-UFF, Daniel Arruda, entre outros, a prefeitura irá retomar a concessão de bolsas. Entendemos que a comunidade acadêmica precisa de incentivo. Precisamos ajudar para que a população tenha acesso ao conhecimento científico para termos mais pesquisas – pontuou.

A Funemac cumpre agora a fase de estudos para a retomada do processo para, em breve, divulgar o edital.


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