Foto: João Barreto
Instituto de Ciência & Tecnologia conta com três laboratórios de Metrologia e um de Meio Ambiente
O Instituto Macaé de Ciência & Tecnologia (IMCT) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé realizaram, na última semana, a primeira reunião sobre as perspectivas que se abrem para o próximo ano. Em 2016, Macaé reunirá condições favoráveis para um impulso no desenvolvimento científico e tecnológico da região. Isso se dará por meio da meta do IMCT de unir os setores produtivo (empreendedores) e acadêmico (universidades), com o apoio do poder público.
A intenção do Instituto de Ciência & Tecnologia, o único em município de médio porte no Brasil que possui laboratórios acreditados junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), é formalizar um convênio com a UFRJ/Macaé para abertura de edital para Pesquisa aplicada às necessidades locais, Ensino e Extensão para utilização dos quatro laboratórios do IMCT.
O Instituto de Ciência & Tecnologia conta com três laboratórios de Metrologia e um de Meio Ambiente, que, através de abertura de edital para Pesquisa, Ensino e Extensão, atenderia os pesquisadores, alunos e toda a sociedade, especialmente nas áreas das Engenharias (Metrologia), Farmácia, Química e Biologia.
Entretanto, esses laboratórios e seus técnicos continuariam assistindo as necessidades da prefeitura, como a de calibração e de ensaio de equipamentos e de análise de água. Dessa forma, os técnicos municipais, com a colaboração dos professores pesquisadores e estagiários, poderiam também ampliar a prestação de serviço do Instituto de Ciência & Tecnologia aos empreendedores municipais, estimulando ainda mais a pesquisa e a inovação. “A proposta é que a prestação de serviço a empreendedores seja revertida na manutenção dos laboratórios e para a evolução das próprias pesquisas”, ressalta o presidente do IMCT, Joelson Tavares.
Tanto para a Universidade, quanto para o Instituto, a pauta não poderia ter sido aberta em momento mais propício. No ano que vem, a UFRJ/Macaé abrirá dez vagas no primeiro curso de Doutorado, além de quinze de Mestrado, no Programa de Pós-graduação em Produtos Bioativos e Biociências (PPGProdBio). Esse programa formou sua primeira turma, em 2011, na sede do Instituto de Ciência & Tecnologia, no bairro Novo Cavaleiros. O Edital para Processo Seletivo para o Concurso está sendo aguardado e as provas são previstas para fevereiro, logo após o recesso de Carnaval. O processo avaliativo será em série, iniciando-se com o Mestrado, seguido de Doutorado. “Esse foi um chamado para discutirmos a troca, porque isso que é o fundamental”, diz a diretora-geral do Campus UFRJ/Macaé Prof. Aloísio Teixeira, Arlene Gaspar.
Empreendedorismo
Também no próximo ano, a Incubadora de Empreendimento Inovadores estará efetivamente em funcionamento na sede do Instituto de Ciência & Tecnologia. Os quatro Modelos de Negócio selecionados de acordo com o Edital 01/2015, além de receber suporte administrativo, contábil, técnico e científico do Instituto, contará com o apoio da UFRJ/Macaé por até dois anos. Os projetos contemplados pela Incubadora foram o “EcoResidência - Soluções em Sustentabilidade”, o “Matricaria - Economia Criativa", o “BR Solutions” (logística de transportes) e o “Pointe - Pontos de Ônibus Inteligentes”. A convergência de interesses entre poder público, universidade e sociedade cada vez mais se evidenciam.
Ensino
A relação entre IMCT e UFRJ, que já é próxima, pretende se estreitar a partir de 2016. No prédio do Instituto funcionam três laboratórios da Universidade, que também utiliza alguns escritórios, salas de aula e auditório. O professor do curso de Engenharia e especialista em Metrologia, João Carlos Sant’Anna, costuma levar suas turmas do terceiro período para aulas práticas nos laboratórios do IMCT. Lá eles têm o primeiro contato com as técnicas e métodos de medição e conhecem instrumentos como parquímetro, micrômetro, manômetro, banho termostático, relógio comparador, bombas calibradoras, entre outros. “Para nós que vamos trabalhar com dados que necessitam de precisão é muito interessante conhecer todo o trabalho e ciência que está por trás disso”, diz Thamara Rodrigues Bitencourt, que – por curiosidade - pesou um fio de seu cabelo em uma balança eletrônica de quatro casas decimais (0,006g).