Vergonha, dependência e medo do futuro fazem com que muitas mulheres vivam durante anos sofrendo violência. Para orientar as mulheres sobre as políticas públicas municipais voltadas para a população feminina a Coordenadoria dos Direitos da Mulher (Codim), em Macaé, realizou nesta terça-feira, Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, um movimento interno com as profissionais, assistidas e alunas dos cursos da instituição.
A coordenadora da Codim, Vânia Deveza falou das novas ações desenvolvidas como o atendimento domiciliar, onde as mulheres que ligam para o Disque Mulher (0800-2822108) não têm coragem de ir até a instituição. “A equipe, composta por uma assistente social e as estagiárias de psicologia e direito vai à casa dessas mulheres e mostra o trabalho da coordenadoria e em muitos casos conseguem com que elas rompam o ciclo da violência e denunciam”, explicou.
Do total de ligações recebidas pela Codim de janeiro a junho, 89,45% foram de denuncias, 8,57% de solicitações de orientação e informação e 1,98% outro tipo de atendimento. Segundo a assessora de enfrentamento à violência, Miriam Benjamim, dessas ligações 8,57% foram anônimas, 65,71% foram realizadas pela própria vitima, 14,28% vizinhos das mulheres que sofrem violência e 2,87% por familiares. “Das providências tomadas pelos atendimentos do Disque Mulher, 60% foram encaminhadas para atendimento no Núcleo de Atendimento a Mulher (Nuam)”, disse acrescentando que nos últimos 15 dias, foram realizadas 12 visitas.
Outro trabalho realizado pela coordenadoria é o acompanhamento dos processos e o controle das audiências pela equipe jurídica, com o objetivo de informar as mulheres o andamento do seu processo. Também estão sendo realizadas ações de prevenção à violência doméstica nas escolas com palestras e oficinas.