Com audiência recorde, presidente da FMC fala aos vereadores sobre gestão cultural

05/05/2014 10:27:00 - Jornalista: Marilene Carvalho

Presidente da FMC fala aos vereadores sobre a gestão cultural

Com mais de cinco mil pessoas conectadas à TV Câmara, um recorde absoluto de audiência, de acordo com observação do presidente da Câmara Municipal, Eduardo Cardoso, o gestor da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Juliano Fonseca, ocupou o plenário durante cerca de duas horas, nesta quarta-feira (30), para apresentar os projetos e ações de sua gestão, e atender também a questionamentos dos 13 vereadores presentes. Antecedendo à sessão ordinária, o dirigente da FMC participou da Tribuna Cidadã, ouvindo pronunciamentos dos representantes do Conselho Municipal de Cultura.

A pauta principal da reunião tratou da formação de profissionais nas diversas áreas de atuação e da abertura de espaços para apresentações dos artistas locais. Respondendo ponto a ponto as perguntas, Juliano falou sobre a criação, no ano passado, de dois polos culturais, um no Centro e outro na Fronteira, aonde crianças e adolescentes recebem gratuitamente aulas de balé, jazz, contemporâneo, dança urbana, capoeira e teatro. As duas estruturas passaram por reformas no início da nova gestão e receberam adequações para o funcionamento apropriado. Para isso, a Fundação Macaé de Cultura buscou apoio junto à iniciativa privada e obteve a parceria da Odebrecht.

Os polos culturais são projetos de inclusão e transformação sociocultural que têm planos de expansão para o bairro Botafogo, ainda neste semestre e, posteriormente, serão levados aos distritos de Sana e Glicério. No bairro Malvinas será implantado o Centro de Esportes e Artes Unificados (Ceu), em parceria com o governo federal, para o início do segundo semestre de 2014, que terá modelo similar. “Os polos culturais representam o que pensamos como fio condutor para levar a cultura às comunidades”, explicou Juliano. O vereador Marcel Silvano enalteceu: “Hoje, a gente vê o poder executivo ouvindo nossos apelos e a abertura desse diálogo vai favorecer a nossa cultura cada vez mais”.

O vereador Maxwell Vaz fez uma crítica a respeito da contratação de artistas de fora para a Paixão de Cristo, realizada no Parque da Cidade, dizendo que o público de umas 500 pessoas não justificava o alto investimento. O presidente da FMC rebateu que o público estimado pela Polícia Militar foi de cinco mil pessoas em cada uma das duas encenações, e apresentou um vídeo em que fica comprovada a grande presença e vibração do público. Quanto à vinda dos atores de fora, explicou ter sido baseada no conceito de troca de experiências entre os renomados e os artistas locais. A estratégia foi muito aplaudida pela classe artística macaense, que se sentiu prestigiada com essa interação. “Trouxemos três atores para os papéis principais, os outros 33 que compuseram o elenco são de Macaé”, frisou.

A diretora do CiemH2, Dilma Negreiros, uma das representantes do Conselho Municipal de Cultura elogiou a nova forma de condução da política cultural, destacando que a FMC vem atendendo as ações que foram deliberadas na última Conferência Municipal de Cultura e a importância da abertura do diálogo com o poder público para o fortalecimento da cultura local. O vereador Igor Sardinha reforçou a necessidade de participação dos conselheiros na política cultural, sugerindo maior protagonismo do Conselho de Cultura nas discussões pertinentes para um maior avanço do setor.

Os vereadores quiseram saber também sobre a reabertura do Teatro Municipal e do Cine Clube Macaé Petrobras. Foi informado que o teatro foi fechado por determinação do Ministério Público, em 2007, e que as inúmeras obras exigidas já foram executadas, faltando somente uma última vistoria do Corpo de Bombeiros. “Assumimos a gestão com o teatro fechado durante os últimos seis anos e, hoje, posso dizer que conseguimos resolver todas as pendências. Temos grande expectativa de reabertura do Teatro Municipal já nas próximas semanas”, anunciou Juliano. Em relação ao Cine Clube explicou que a Petrobras já concluiu toda a obra, mas oficialmente não foi entregue à Fundação Macaé de Cultura, faltando, neste momento, a recomposição da diretoria do Cine Clube para, em seguida, formar o Comitê Gestor que participará desta gestão tripartite.

- O Legislativo cumpriu seu papel de acompanhar as ações do Executivo. Foi uma ótima oportunidade de apresentar nossas ações, provando que estamos trabalhando a cultura de Macaé com transparência, planejamento e responsabilidade. Fiquei feliz de saber que essa sessão foi recorde de audiência, pois comprova que a Cultura é uma pauta de grande interesse e relevância para nossa sociedade", finalizou Juliano Fonseca.