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Começa segunda etapa do projeto “Professor Investigador”

27/04/2006 16:53:34 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

O projeto “Profissão: Professor Investigador – Estudo da História Local”, da secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico de Macaé, realizou, na tarde de quinta-feira, 27, no Solar dos Mellos, a aula inaugural da segunda etapa do curso. A aula inaugural teve com palestra proferida pela professora Márcia Amantino. O projeto “Professor Investigador” é voltado para professores, especialmente os de história.

A professora Márcia Amantino é doutora em História Social pela UFRJ, fazendo parte do programa de mestrado da Universidade Salgado de Oliveira, onde dá aulas de História da África para a graduação. Em sua aula inaugural, que foi assistida por professores da rede municipal e de escolas particulares do município, a professora abriu a discussão sobre a questão do ensino de estudos afros nas escolas macaenses, abordando o que há de mais recente nas pesquisas sobre a História da África e a cultura Afro-Brasileira.

Sua palestra enriqueceu o que propõe a segunda etapa do Projeto “Professor Investigador”, que tem, este ano, como tema “O contexto da vida escrava no município”. Para a professora, a documentação eclesiástica, cartorária e judiciária significativa existente no município vem facilitar o estudo do tema. “A cidade teve um grande número de escravos e todos estão registrados em documentos de batizado, casamento e óbito das igrejas católicas”, destacou Márcia. No curso, estes registros serão analisados com o objetivo de avaliar o perfil dos escravos, sua cultura, origem e padrão etário.

Projeto “Professor Investigador”

O Projeto “Profissão: Professor Investigador – Estudo da História Local” acontece em parceria com a secretaria municipal de Educação e é coordenado pela professora, Gisele Muniz, que trabalha como pesquisadora.

O Projeto visa divulgar a produção do conhecimento histórico nas escolas macaenses. O tema desse ano contará, como fonte de pesquisa, com registros das igrejas católicas e com jornais do século XIX, onde há relatos de fugas de escravos, além de anúncios de vendas de escravos.

O projeto já tratou de temas históricos de Macaé e região para mais de 120 professores de História e de outras matérias, com o objetivo de oferecer aos profissionais de ensino conhecimento do que há de mais novo em pesquisas. Em 2005, foram realizados três encontros, coordenados por historiadores e profissionais ligados a esta área. O público tem sido composto, principalmente, por professores de ensino fundamental.

Segunda a coordenadora do projeto, professora Gisele, o “Professor Investigador” busca englobar a história local, em uma estrutura maior, sendo resultado de parceria entre as secretarias de Educação e de Acervo e Patrimônio Histórico.