Foto: Robson Maia
Zelita Rocha, no Aeroporto, será a próxima escola beneficiada
A adesão de voluntários no segundo Mutirão Minha Escola Querida superou as expectativas. Vários comerciantes locais ao verem a movimentação na escola, se prontificaram a doar materiais, o mesmo aconteceu com os familiares dos alunos e moradores que constatando a realização se juntaram ao grupo de pessoas, que durante dois dias trabalharam e deixaram a Escola Municipal Christos Jean Kousoulas totalmente revitalizada. A secretária de educação e vice-prefeita, Marilena Garcia, durante o encerramento do evento, anunciou que o próximo Mutirão vai ser na Escola Municipal Zelita Rocha no Aeroporto.
- Tinham pessoas daqui e de outros bairros vindo no meu comércio e comentando, foi quando percebi que eu também podia ajudar. Doei vassouras e fitas adesivas - disse o comerciante Cleudonir Sardler. Já Waldeci Vitorino, morador da Aroeira, esteve no final de semana visitando amigos na Nova Holanda e decidiu conhecer o Mutirão. “Acabei ficando e ajudando”. Isabel Valéria, 46, avó de Yago do pré 2, gostou tanto que agora vai acompanhar o Mutirão. “Eu não sei explicar, só vindo e vendo para as pessoas entenderem. Eu estou pintando o móvel que guarda os livros do meu neto em sala de aula, toda vez quer eu vier deixá-lo na escola sentirei orgulho.
O grande número de pessoas que aderiram ao Mutirão foi comemorado por Marilena Garcia. “A diretora da escola Wanderley Quintino onde foi o lançamento do Mutirão participou deste, as igrejas Metodista, Adventista do 7 dia, Messiânica, os presidentes das Associação de Moradores Elias e Alicimar (cavalo), 16 empresas voluntárias enquanto que no outro foram quatro, o comércio local, secretarias municipais, a comunidade, funcionários, a família de Christos Jean Kousoulas, entre outros. As pessoas estão vindo. O Mutirão é um fenômeno, nós passamos e plantamos a semente da esperança”, disse Marilena Garcia.
Foi feita a pintura da escola, incluindo as portas e grades, além da reforma elétrica, recuperação do jardim com grama sintética, confecção de cortinas para todas as 11 salas, limpeza, recuperação das telhas, colocação de piso em toda escola, troca do marco das portas e das fechaduras. A secretaria Educação investiu apenas 25 mil reais para execução de todas essas ações. A mão-de-obra foi dos voluntários que trabalharam durante 48 horas, sábado e domingo.
Para Elias presidente da Associação de Moradores o mutirão foi um incentivo. “Eu não entendia o que era, mas agora quero ir para o Aeroporto ajudar”. A diretora Rosane Vieira Botelho estava emocionada ao ver o “antes e depois” da escola que marca o início de um novo tempo para os 474 alunos e 42 funcionários. “A recuperação da infra-estrutura física do espaço escolar é fundamental para melhoria do desempenho de todos”.
Assim como na Malvinas, foi feito um painel de tecido com o registro das mãos dos trabalhadores, que sujas de tinta, assinaram a participação no mutirão. Cada escola por onde o Mutirão passar vai ter o painel “Mãos que Constroem”. O encerramento do segundo Mutirão Minha Escola Querida foi realizado com o descerramento da placa “Minha Escola Querida”, hasteamento da bandeira, sorteio de um DVD doado aos voluntários inscritos e a apresentação da escola sob o tema “Escrevendo com você uma nova lição”.
Uma das empresas voluntárias, ao visitar o Mutirão Minha Escola Querida, observou a mão-de-obra e decidiu contratar uma mulher. Maria de Fátima Ribeiro Pacheco Moreiros, moradora há 10 anos da Rua seis, no bairro Nova Holanda, já teve um neto que estudou na Escola Municipal Christos Jean Kousoulas e por gostar da escola foi ajudar no mutirão. “Fiquei surpresa, vim ajudar um pouco e acabei por ser convidada para trabalhar efetivo. Esse mutirão é tudo de bom”.
O trabalho foi observado por Carlos Pereira, responsável pelas obras da M.Alves Empreendimentos. “Fiz uma doação de dois dias de serviço de três funcionários e vim ver como era o Mutirão e como eles estavam ajudando. Chamou minha atenção a forma como, em especial, as mulheres trabalhavam. A pintura e o acabamento têm mais capricho. Resolvi fazer o convite. Se der certo o Mutirão poderá ser gerador de emprego. Irei ao próximo descobrir novos talentos”, disse Carlos Pereira.
O programa da Secretaria de Educação tem atraído o voluntariado empresarial. A empresa Oficina Brasil colaborou com o Mutirão doando as grades do jardim e um corrimão de ferro. A Alphatec doou espelhos para as salas de aula, a empresa Aliminas cedeu cem lanches, o supermercado J. Pavani doou 300 lanches, a empresa Coan colaborou com os almoços, a Associação Comercial e Industrial (ACIM) com refrigerantes e água, a padaria Ciabata com os pães, a loja Flamboyan doou tecidos para fazer as cortinas, a empresa Cor e Car cedeu tintas e a M.Alves Empreendimentos deu mão de obra voluntária.
A secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia, disse que em novembro vai entregar certificados para todos os voluntários em um encontro que será promovido. “O aumento da adesão do voluntariado empresarial nos impressionou assim como dos demais. O Mutirão é resultado da união e da solidariedade de quem doa o que pode doar”.