Comissões de Convivência de 23 escolas municipais tomam posse

30/04/2024 15:59:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Ana Chaffin

O objetivo é, preventivamente, evitar conflitos e violência nas unidades de ensino

Respeito e diálogo foram as palavras chaves durante a cerimônia de posse das Comissões de Convivências de 23 escolas para o biênio 2024 e 2025. O evento ocorreu na manhã de terça-feira (30), na Cidade Universitária. O projeto está sendo retomado junto a escolas do segundo segmentos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e ainda na Escola Técnica Municipal Natálio Salvador Antunes, no distrito de Córrego do Ouro, de Ensino Médio.

As Comissões de Convivência das Escolas começaram a ser formadas em 2018, através de um Termo de Cooperação firmado com o Ministério Público, em 2017, a fim de minimizar conflitos e violência nas unidades de ensino. As Comissões de Convivência das Escolas da Rede Municipal de Ensino de Macaé são integradas por um presidente, que pode ser o diretor da escola ou indicado por ele; um representante dos professores; um representante do Conselho Escolar; um representante dos responsáveis; um representante técnico que faça parte da gestão escolar (supervisor, orientador educacional, ou pedagógico) e um representante dos alunos.

Desde o advento da pandemia, foram promovidas capacitações remotas para os integrantes das comissões. De acordo com a coordenadora do projeto, Andréa Nobre, as capacitações das comissões terão continuidade. Andréa é professora aposentada, bacharel em Serviço Social, especializada em Gestão Pública e também em Mediação de Conflitos. Ela destaca: “Ser pacífico não é ser passivo. Você precisa entender o outro, do diálogo e da convivência respeitosa”.

“Já houve uma mudança sobre como encarar os conflitos. As sanções nas escolas já diminuíram sensivelmente. Hoje este conflito é dirimido por vários profissionais. Temos uma cultura de muito mais diálogo e de negociação nas escolas. Mas temos que melhorar bastante, porque o cenário nacional e mundial é de violência. Enquanto profissionais da educação é nosso dever fazer esta mudança de paradigma. Em algumas situações, precisamos da mediação dos responsáveis”, ressaltou Andréa Nobre.

Em 2019, este trabalho foi publicado e inscrito no Seminário Internacional de Educação Contemporânea em Juiz de Fora-MG. Macaé foi o primeiro município do país a desenvolver esta proposta na rede pública em nível de Ensino Fundamental.

“Nós falamos de respeito, de protagonismo, de diálogo, de escuta, de gestão democrática e participativa. Quando temos consciência destas palavras na prática, não precisamos falar de mediação de conflitos. Nosso trabalho precisa ser um trabalho preventivo”, reforçou a superintendente de Educação Inclusiva e Social, Janaína Pinheiro.

“Por que nos machucamos tanto, se nós precisamos tanto uns dos outros? Por isso agradecemos às famílias, aos alunos, aos diretores e técnicos aqui presentes, que se abrem para este trabalho. Estamos voltados para a harmonia no espaço escolar. Precisamos ensinar as disciplinas, mas temos que olhar para o nosso próximo e conviver com ele. Precisamos rever nosso currículo. Neste século XXI, o que é mais importante para a sobrevivência do ser humano?”, indagou a superintendente do Ensino Fundamental, Eliane Salgado.


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