Secretários e empresários de Macaé se reuniram na prefeitura, nesta quinta-feira (22), com o objetivo de identificar os mercados que existem em Angola, Irlanda, Escócia, Inglaterra, Houston e Louisiania, nos Estados Unidos, para traçar a logística para conquistá-los. Para isso, trocaram experiências vividas sobre o que viram e ouviram de governantes e empresários que atuam naqueles países.
Segundo o coordenador de Comércio Exterior de Macaé, Adolpho Moura, antes de ir a Angola, houve várias reuniões entre os componentes da comitiva. Conforme o combinado, a parte política – prefeito Riverton Mussi e vereadores Jorge de Jesus, Marilena Garcia e Mawell Vaz – se reuniu com dirigentes e ministros do Petróleo, Educação, Saúde, Cultura, Ação Social, dentre outros, e os empresários fizeram vários contatos com empresários locais.
- Buscamos entrosamento com o empresariado da província de Cabinda e Soyo e da capital Luanda. Angola tem mercado para nós, e alguns fatores facilitam o relacionamento, que pode ser ampliado: mesma língua e aspectos culturais similares como a culinária, ritmos, danças e outros, frisou Adolpho.
O coordenador afirmou que Macaé está sendo apresentado ao governo angolano e às empresas por um grupo empresarial apoiado pelo governo local. “O que estamos fazendo agora é tentar inserir o município no mapa de negócios daquele país. O Brasil já criou entidades que congregam produtores de soja e de outros artigos, e nunca criou nada no setor de petróleo e gás, o que estamos fazendo agora”, observou Adolpho. Ele anunciou para outubro a visita de uma comitiva de Angola a Macaé.
Quanto às conversações com os ministros, o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, ressaltou que agradou muito a apresentação dos programas sócio-econômicos do atual governo de Macaé. O secretário ressaltou que, devastada por uma guerra civil, que durou 30 anos (1972-2002), Angola precisa do know-how de que Macaé dispõe no setor econômico-social, elemento fundamental no restabelecimento da unidade nacional e no aprofundamento do intercâmbio político entre os dois países.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social, FUMDEC, Jorge Tavares, falou da viagem à Europa. “Depois que chegamos à Escócia, os britânicos nos ofereceram uma agenda pesada, com reuniões sistemáticas, desde Aberdeen até Londres. De tudo o que observamos, concluímos que temos de levar os empresários macaenses ao exterior, para conhecer o que se faz e como se faz. Devemos investir na área de conhecimento e treinamento”, frisou Jorjão. Ele concordou com a observação de Guilherme Jordan, de que devem ser criados no município mecanismos semelhantes aos praticados em Angola, quanto à instalação de empresas no município e as contra-partidas exigidas, e devem ser revistos critérios relativos à responsabilidade social.