De companheiras à rivais. Destaques da Cimed / Macaé na Superliga de Vôlei Feminino, a levantadora Carol Albuquerque e a central Danielle Scott estão a 109 dias de ficarem em lados opostos da quadra, na disputa dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Presentes no último Mundial do Japão, no ano passado, ambas têm grandes chances de serem confirmadas nas seleções de Brasil e Estados Unidos que irão disputar o posto de melhor equipe das Américas.
Segunda maior pontuadora da Superliga, com 303 pontos, e dona do melhor ataque da competição, com 32,30% de eficiência, a norte-americana garante não ser uma espiã no Campeonato Nacional e aponta as brasileiras como favoritas à medalha de ouro. “Muitas das brasileiras jogam fora do país e no voleibol atual todas as seleções se conhecem. Por isso creio que, nesse caso, não há vantagem por jogar em uma equipe brasileira. Por tudo que apresentou nos últimos anos e por ser o atual vice-campeão mundial o Brasil é o favorito, mas vai ser uma disputa bem legal”.
Casada com um brasileiro, Danielle Scott admitiu já ter adquirido um pouco da ginga brasileira. “O estilo brasileiro é muito técnico, com um jogo cheio de fintas, o que dificulta para os adversários que estarão no Pan. Quanto ao meu estilo de jogo, acho que é uma mistura de tudo, já joguei na Itália, no Japão, nos Estados Unidos e estou na minha quarta temporada no Brasil. Acredito que aprendi um pouco em cada um desses lugares e melhorei o meu jogo”.
Pelo lado brasileiro, Carol Albuquerque prevê um Pan equilibrado, com destaque para as grandes potências - Brasil, EUA e Cuba. “Não tem favoritismo, talvez o Brasil possa levar vantagem pelo fato de jogar em casa, diante da torcida, mas as americanas e as cubanas virão com bons times e teremos que lutar muito para conquistar essa medalha. Temos que tomar cuidado com a Scott, que vem mostrando nesta Superliga todo seu potencial, e vai nos dar muito trabalho no Pan” - alertou a segunda melhor levantadora da Superliga, com 28,29% de eficiência nas ações.