Em reunião nesta terça-feira (02), os moradores do Sana, 6º distrito de Macaé, elaboraram propostas para serem encaminhadas ao prefeito de Macaé, Riverton Mussi. Os moradores querem policiamento permanente no distrito, fiscalização do fluxo de entrada de veículos, prioridade na construção de um DPO e controle do acesso de visitantes às cachoeiras pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e Guarda Municipal Ambiental. O prefeito de Macaé estará no Sana nesta sexta-feira (05) às 11h, onde participará de uma reunião com os moradores.
Durante o feriado da Semana Santa, o distrito recebeu muitos turistas, acima da média de visitantes dos anos anteriores. O movimento foi tão intenso que, só no sábado de Aleluia, cerca de 2,6 mil pessoas procuraram as cachoeiras da localidade. Os moradores reclamaram do consumo de drogas indiscriminado, do volume dos auto-falantes dos carros e dos distúrbios causados pelos turistas. No feriado, houve briga e tiros, entre grupos de jovens que disputavam qual o carro possuía o som mais alto.
- Foi um absurdo o que aconteceu. A Associação de Moradores do Sana encaminhou ofício pedindo policiamento da Polícia Militar durante o feriado da Semana Santa. A polícia veio, mas não ficou direto, foi embora. Na hora da briga, que nós precisamos, eles já tinham ido embora, relata o presidente da associação, Jorge de Jesus.
Segundo Jorge, o policiamento constante é necessário para manter a ordem e o respeito no Sana. Ao tomar conhecimento do que tinha ocorrido durante a Semana Santa, o prefeito de Macaé, solicitou uma reunião com os moradores que será realizada na próxima sexta-feira. A comunidade reuniu-se nesta terça e já tem elaborou algumas propostas concretas que serão encaminhadas no encontro com o prefeito.
- Nessa reunião, a comunidade concordou com algumas propostas, como a necessidade de um policiamento permanente feito pelo Batalhão Florestal, a compra de um trailer para funcionar como um DPO enquanto o definitivo não é construído, campanha educacional de prevenção contra drogas, controle de entrada do fluxo de veículos pela Mactran (Macaé Trânsito e Transporte) e controle de acesso às cachoeiras pela Comdec e Guarda Municipal Ambiental, explica Isabel Araújo, assessora no Conselho Gestor da Apa do Sana - Sanapa.
Revoltada e chateada com tudo que está acontecendo. Assim, Lucimar Dames, proprietária da pousada Gecimar, uma das mais antigas do Sana, define seu estado de espírito em relação ao que está ocorrendo no distrito.
- Não podemos ficar sem policiamento. A comunidade quer uma polícia permanente para não chegar mais a esse ponto que estamos vendo, explica Lucimar.
Honorina Dames, da Associação de Moradores do Sana, explica que os moradores querem que o policiamento seja feito por policiais que fiquem na localidade, que sejam sempre os mesmos, conhecidos da comunidade.
- Os moradores querem que os visitantes respeitem as leis, que não façam barulho a qualquer hora e não estacionem em qualquer lugar. Queremos policiamento permanente para que o Sana não vire uma favela, explicou Honorina.