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Concerto histórico reúne Nova Aurora (150 anos) e Lyra (140)

23/11/2023 16:20:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Maurício Porão

Aproximadamente 600 pessoas assistiram ao encontro no pátio da Nova Aurora

Uma noite de emoções na sede da Sociedade Musical Nova Aurora, onde, na quarta-feira (22), Dia do Músico, aconteceu o Encontro das Centenárias. O concerto da Orquestra de Sopros Nova Aurora e da Banda da Sociedade Musical Beneficente Lyra dos Conspiradores reuniu aproximadamente 600 pessoas. O evento das antes rivais celebrou os 150 anos da Nova Aurora (8 de junho de 1873) e os 140 anos da Lyra dos Conspiradores (25 de dezembro de 1882).

Cerca de 50 músicos da Nova Aurora, sob a regência do maestro titular Hélio Rodrigues, e 25 da Lyra dos Conspiradores, sob a batuta de Anderson Adolfo, substituindo o maestro titular Gelson Porto, provocaram aplausos, alegria e o orgulho da plateia. O repertório agradou a gostos variados.

Na primeira parte do evento, a Nova Aurora apresentou ‘Under The Double Eagle’, de Josef F. Wagner; ‘Sinatra In Concert’; ‘Africa’, de Jeff Porcaro e David Paich; ‘Excalibur’, de José Alberto Pina e ‘Zouk’ - As Quarentonas de Quarentena, de Gilson Santos. Na segunda parte, a Lyra interpretou ‘Dobrado’, de Joaquim Naegele; ‘Coisas que a lua canta’, de Gilberto Gagliardi; ‘Copacabana’, de Braguinha e Alberto Ribeiro e ‘Evidências’, de Paulo Sérgio Valle e José Augusto.

O secretário de Cultura, Leandro Mussi, representou o prefeito Welberth Rezende no evento. “Emocionante ver esta união das duas bandas centenárias de Macaé e rever o professor Siri, de 84 anos. Ele foi professor de todos que já passaram pelas duas bandas”, destacou.

O concerto da Lyra dos Conspiradores foi aberto com uma homenagem ao professor e maestro José Bastos (Siri). “É um prazer estar aqui com vocês. A Sociedade Musical Beneficente Lyra dos Conspiradores representa 140 anos de luta e resistência histórica. A Nova Aurora, com 150 anos, e a Lyra são dois patrimônios do Brasil. Hoje temos um mestre aqui - Apontando emocionado para o professor Siri. Ele foi professor da Lyra e da Nova Aurora e um dos melhores da história da música de Macaé. Eu só tenho a agradecer a Siri Bastos. Este dobrado será em sua homenagem”, discursou Anderson Adolfo.

“Já fui professor desta garotada que está aqui. Alguns já carecas – brincou. A Lyra tocando junto da Nova Aurora é muita felicidade para mim. Sou músico desde os meus 14 anos de idade e é muito gostoso a gente ter lembranças. A música traz lembranças e felicidade. Não tem ódio, porque traz amor. Eu sou um homem carregado destas coisas por causa da música. Tenho 84 anos”, disse com entusiasmo o maestro Siri.

Hélio Rodrigues ressaltou o apoio da Secretaria de Cultura e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) ao concerto. Ele também falou de sua expectativa por mais eventos como este encontro e pela preservação patrimonial de prédios históricos. “Temos que sentir orgulho. Macaé tem duas sociedades musicais centenárias em plena atividade. Precisamos mostrar isso para o mundo. Temos potencial cultural e turístico, não só pela qualidade musical das orquestras, mas também pelo nosso produto arquitetônico. Nossos prédios históricos precisam ser conhecidos e visitados”, salientou.

Ainda participaram do evento músicos da banda do município de Quissamã, onde o professor Siri também foi maestro, e músicos do município de Barra de São João.


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