Foto: Ana Chaffin
Nesta terça-feira foi realizada a abertura da conferência com a presença de autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM) iniciou nesta terça-feira (22) a sexta Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres no auditório do Bloco A da Cidade Universitária, com a presença do vice-prefeito Fabiano Paschoal. A conferência continua nesta quarta-feira (23). Nesta terça-feira foi realizada a abertura da conferência com a Banda da Escola Municipal Generino Teotônio de Luna, que tocou o hino de Macaé, e apresentação do espetáculo Solidão – Núcleo de Dança Portadores de Alegria.
- Se a coragem tem nome, esse nome é mulher. Aqui temos mulheres guerreiras, motoristas, secretárias, defensoras, promotoras, daqui sai a movimentação do Brasil. Em Macaé, 53% da população é formada por mulheres e devemos buscar a luta pelo avanço dos direitos. A conferência Macaé avança na reparação histórica pelos direitos da mulher – afirmou o vice-prefeito, Fabiano Paschoal.
- Este é um momento valioso para refletirmos coletivamente sobre os desafios que ainda persistem e, sobretudo, para construirmos propostas concretas que garantem dignidade, justiça e equidade para todas as mulheres do nosso município - enalteceu a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Ana Priscila Schubert dos Santos.
“É um momento de escuta, mas também de ação. Cada mulher presente aqui traz sua vivência, sua luta e sua voz, e é com base nesse diálogo que avançamos na formulação de políticas que realmente atendam às necessidades de todas”, expressou, destacando a importância da igualdade de gênero e oportunidades iguais.
“Precisamos transformar as demandas em políticas efetivas, que atendem as necessidades de todas. Juntas estamos fazendo história”, pontuou a secretária de Políticas para as Mulheres, Quelen Rezende.
“Enquanto sociedade civil estamos felizes de participar desta conferência, que passa por discussões como igualdade salarial, visibilidade da mulher nos lugares de poder, letramento racial”, disse Ivonete, que contou a história de 17 anos do Panelada de Crioula, bloco de Carnaval que aborda questões como violência de gênero.
“A patrulha como serviço social e outros equipamentos públicos de defesa da mulher e a transversalidade de gênero devem ser sempre pensadas. Quero ressaltar a importância da história e organização de mulheres na nossa cidade “, disse a assistente social do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Macaé, Olivia Alves da Fonseca Aguera Nunes.
“As políticas públicas devem atuar na prevenção. No ano que vem, os países vão se reunir para analisar o que estão fazendo de políticas públicas para as mulheres e o tema será o acesso à Justiça”, acentuou, ampliando a discussão.
“O tema é ao mesmo tempo provocador e urgente. Muitas mulheres ainda são silenciadas pelo medo. Uma mulher só consegue sair de um ciclo de violência se tiver para onde ir e com quem contar”, observou, defendendo o combate ao machismo estrutural.
“As três propostas que vocês tirarem serão debatidas em âmbito estadual e nacional, daí a responsabilidade de vocês”, analisou, abordando também discriminações sofridas por mulheres.
“Como vereadora tenho orgulho da lei do observatório de violência contra a mulher e o selo empresa amiga da mulher, criadas em nosso mandato”, mencionou, salientando que quando uma mulher é ouvida, toda uma sociedade avança.