Em 2007, houve mudanças significativas nos métodos de ensino do Conservatório Macaé de Música (CMM) da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes, gerenciada pela Fundação Macaé de Cultura (FMC). Os cursos, que tinham a duração de quatro anos, passaram para dois anos de atividade musical, chamados agora de livres.
- Não há mais convênio com o Conservatório Brasileiro de Música. Preparamos o nosso próprio plano de curso - avisa o coordenador do CMM, professor de música Lúcio Duval.
Segundo ele, o básico ou ensino fundamental agora é chamado de curso livre. Isso vale para os instrumentos baixo elétrico, clarinete, flauta transversal, guitarra, piano, violino, violão, teclado, trompete, saxofone, bateria, além do instrumento natural do ser humano: o canto.
- Nesse curso também continuam as aulas de teoria e percepção musical, prática de coral e prática de grupo – ressalta Lúcio Duval.
O coordenador lembra que o plano de curso, anteriormente conservador, hoje, é mais adequado ao universo dos alunos.
- Estamos trabalhando mais o treinamento e a percepção musical dos alunos e menos com o processo tradicional (decoreba) - avalia.
De acordo com o coordenador pedagógico do Conservatório Macaé de Música, o professor de música Bruno Py, no curso livre há alfabetização musical, por meio de habilidades técnicas nos instrumentos e auxílios como as práticas de conjunto e de coral. “Somos 19 professores e 280 alunos”, comenta Py.
O curso técnico de música
Para os que terminaram o curso básico e querem profissionalizar-se, o Conservatório macaense oferece o curso técnico de música, cuja duração é de três anos. Através de avaliação, qualquer músico pode ingressar no curso técnico. “Os 12 alunos matriculados irão formar-se profissionalmente no instrumento que escolheram”, explica Bruno Py.
O CMM ocupa o terceiro e quarto andares do prédio do Centro Macaé de Cultura. Cada aluno deve passar pelo menos seis horas por semana no órgão. Bruno Py diz ainda que começando do zero, o futuro músico passará dois anos no curso básico e três no técnico profissionalizante, totalizando cinco anos de estudo e dedicação. Para a aluna inscrita nesta segunda etapa, Seina Suppé Heringer, o curso técnico profissionalizante proporciona técnicas mais apuradas, facilitando a vida de quem quer trabalhar com música. Ela desenvolve habilidades como cantora.
Para concluir o coordenador pedagógico do CMM, Bruno Py, ressalta que essa capacitação acontece a partir do desenvolvimento de várias habilidades, entre elas o domínio do instrumento, o desenvolvimento de vocabulário musical, com improvisação.
- Além disso, o curso promove a reflexão estética e o aperfeiçoamento da capacidade de ouvir, proporcionando maior solidez na base teórica”, conclui Py.