A cônsul comercial do Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Camille Richardson, visitou Macaé nesta terça-feira (21) e encontrou-se com secretários municipais. Acompanhada da assessora do Consulado, Regina Cunha, Camille almoçou com o coordenador de Comércio Exterior, Adolpho Moura, e os secretários de Indústria, Comércio Desenvolvimento e Energia, Alexandre Gurgel e Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan.
- A visita foi agendada pelo próprio consulado para uma reunião de almoço de relacionamento tendo em vista implementar ações de comércio exterior. É importante destacar que esse relacionamento não se restrinja apenas ao comércio de petróleo e gás, mas também para desenvolver outros segmentos, como tecnologia, educação e empresarial, explicou Adolpho Moura.
O maior número de empresas que trabalham na indústria do petróleo e gás, em Macaé, são americanas, como a Halliburton, Trans Ocean e Pride. Seguidas das Britânicas. Segundo Moura, o relacionamento com os Estados Unidos precisa ser estreitado. “Já temos um bom relacionamento com a Inglaterra, Noruega e China. Precisamos quebrar o gelo com os EUA para concretizarmos ações para Macaé”, argumenta o coordenador.
Depois de um tour pela cidade e uma visita a Halliburton, Camille Richardson disse ter ficado surpresa ao encontrar uma cidade com uma bela orla e com uma rede hoteleira estabelecida. “A impressão que eu tinha era de uma cidade petrolífera sem atrativos. Nossa visita a Macaé é para fazermos conexões entre empresas brasileiras e americanas com a finalidade de implementarmos futuros negócios na economia recentemente globalizada”, destacou Camille num português fluente. A cônsul assumiu o cargo há seis meses, depois de morar quatro anos na Argentina.
O coordenador de Comércio Exterior entregou material sobre a cidade de Macaé, que contém as ações implementadas pelo governo municipal. O principal objetivo para da prefeitura de Macaé é implementar oportunidades de negócios para o empresariado local com empresas de outros países, nas áreas de educação, tecnologia e no setor industrial. Foi sugerido que o próximo passo no estreitamento desse relacionamento com os EUA, seja uma reunião, ainda no primeiro semestre, com representantes de empresas americanas para um acordo de cooperação técnica.
Regina Cunha, que trabalha há 27 anos no Consulado Americano, ressaltou que Macaé é uma área importante no setor de petróleo e gás:
- Sugeri à cônsul que conhecesse Macaé para conhecer os planos de desenvolvimento do governo municipal e o que isso pode acarretar para as empresas. O consulado, através de agências governamentais americanas financiam a vinda de equipamentos, através do Eximbank e investimentos em empresas, como a Overseas Private Investment Corporation (Opic). A Opic financia investimentos desde que haja participação de 25% de capital americano no projeto de empresas brasileiras, explica Regina.
O site www.focusbrasil.org.br, do Departamento de Comércio dos Estados Unidos no Brasil, órgão oficial do Governo dos Estados Unidos da América, é dedicado a empresas brasileiras interessadas em fazer negócios com empresas norte-americanas: importar, representar, distribuir, joint-ventures. O objetivo é incentivar a importação de produtos e/ou tecnologia norte-americanos.
Para a Offshore Technology Conference (OTC), que será realizada em Houston, no Texas, Estados Unidos, de 1º a 4 de maio, o Consulado vai conseguir isenção para empresas brasileiras participarem do evento. “As empresas que queiram participar da OTC poderão procurar a Coordenadoria de Comércio Exterior de Macaé, pois estaremos enviando um formulário para cadastro. Ou ainda, o Consulado Americano no Rio”, disse a assessora da cônsul.
A OTC foi fundada em 1969 e é considerada a maior feira de petróleo e gás do mundo. São esperados 50 mil visitantes e 2 mil expositores para o evento desse ano. Em 2005, o prefeito de Macaé, Riverton Mussi, visitou a OTC, acompanhado de alguns secretários municipais.