Continuam obras do Projeto Lagomar

01/12/2006 09:45:52 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

A prefeitura de Macaé, através da secretaria Municipal de Obras (Semob) continua realizando as obras de infra-estrutura no bairro Lagomar. O bairro, que conta com quase 30 mil moradores, foi contemplado com o Projeto Lagomar, dividido em duas fases. A primeira fase está orçada em R$ 29 milhões, com recursos próprios da prefeitura.

A primeira fase está sendo ealizada em duas etapas. O ponto de partida da primeira etapa é a construção das redes de escoamento pluvial e de esgoto. Na segunda etapa, o bairro ganhará também pavimentação das ruas, iluminação e diversas outras melhorias, como praças e áreas de lazer.

- Além das melhorias da infra-estrutura, é objetivo da administração municipal é dar à população do Lagomar uma boa estrutura de vida, construindo áreas de lazer para que a população viva bem em sua comunidade, onde possa passar momentos prazerosos – disse o secretário de Obras, Tadeu Campos.

O Lagomar, situado no Setor Administrativo 6, é margeado pela Rodovia Amaral Peixoto, que o separa do bairro Engenho da Praia. Tem como limite, do outro lado, o Oceano Atlântico. No Lagomar situa-se a área de amortecimento do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, que tem que ser preservada e onde as construções estão proibidas.

O bairro conta com várias avenidas e muitas travessas. Entre as muitas avenidas, destaca-se a Quissamã, que corta o Lagomar desde as proximidades do Terminal Rodoviário até a área de amortecimento do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, próxima à orla marítima. Esta rodovia já está sendo pavimentada e vai ganhar um canteiro central de 21 metros e duas pistas, com dez metros cada.

A prefeitura de Macaé vai preservar duas áreas na W18 com pequenas florestas. São áreas remanescente de Mata Atlântica, importantes para o Lagomar. O bairro é plano e conta com a Lagoa dos Patos e o Baixio das Rãs. A outra lagoa, o Parque das Árvores, já está toda aterrada.

Números que impressionam

Os números do Lagomar impressionam. O bairro ocupa área de 323 hectares (3.239.000 metros quadrados). Além de contar com uma população de quase 30 mil pessoas, conta hoje com mais de 20 grandes empresas, além de outras empresas menores. São 54 mil metros de ruas e avenidas. A rede de esgoto do bairro terá 55 mil metros e a de drenagem, 38 mil metros. Todas as avenidas serão pavimentadas e as travessas receberão calçamento com paralelepípedos.

A prefeitura já concluiu as redes de drenagem e de esgoto de várias ruas e avenidas. Só na avenida marginal à Rodovia Amaral Peixoto, cuja rede de águas pluviais e de esgoto já está concluída, foram instalados 12 postos de visita para drenagem das águas pluviais.

As obras não param. Começaram em final de abril deste ano, com prazo de conclusão em 18 meses. Se tudo continuar neste ritmo, até o final de 2007 os moradores do Lagomar já estarão vivendo num bairro urbanizado e com toda infra-estrutura. Enquanto algumas ruas estão sendo abertas para a instalação do manilhamento, em outras, a prefeitura já deu início a terraplenagem para a pavimentação e colocação de meio-fio.

Tadeu Campos disse que o Lagomar originalmente foi definido como uma área industrial, sediando hoje várias empresas que prestam serviço à área de petróleo da Bacia de Campos. Há cerca de 15 anos, várias áreas de cerca de cinco mil metros foram loteadas e vendidas, sem autorização da prefeitura. Nesses loteamentos começaram a ser construídas várias residências, mesmo o local não contando com infra-estrutura para se tornar uma área residencial.

O Lagomar é área de preservação ambiental por causa da vegetação de restinga. O bairro fica quase todo na área de entorno do Parque Nacional de Jurubatiba. Antes das obras iniciarem, o prefeito Riverton Mussi assinou decreto instituindo o bairro Lagomar como Área Especial de Interesse Social. Com essa medida, o governo municipal pode promover regularização fundiária, ordenamento de uso e ocupação do solo e criação de zona de amortecimento do parque.

Os corpos d’água Baixio da Grande Rã (situado entre a Avenida Atlântica e W9), a Lagoa dos Patos (no final da reta da W18 com a Avenida Atlântica), além de um outro Baixio localizado entre a W26 e a Avenida Atlântica, se encontram bastante assoreadas, com áreas já ocupadas por construções irregulares ou aterradas.

A Semob já efetuou o levantamento topográfico das áreas de lagoa do bairro, e a prefeitura já requereu à Serla a liberação para limpeza de todas essas áreas, visando a preservação das mesmas.

O secretário Tadeu Campos disse que as lagoas do Lagomar são os pulmões do bairro e que a preservação delas é importante para todo o município.

– Como o Lagomar é um bairro situado em área quase que totalmente plana, essas lagoas são fundamentais para a drenagem das águas pluviais do bairro – disse o secretário, explicando que a prefeitura já está preparando uma área de drenagem de parte do bairro, nas proximidades da Avenida W. “Essa área de drenagem, onde já estão sendo construídos os poços de visita e instaladas manilhas de um metro e meio de diâmetro, vão drenar as águas de chuva para o canal Macaé/Campos. Do outro lado do grande bairro, depois da avenida W5, as águas têm que ser coletadas para as lagoas, daí a importância da preservação desses corpos d’água”, disse o secretário.

Para preservar as lagoas do Lagomar, a Semob já está em contato com a secretaria municipal de Meio Ambiente. Segundo informações do subsecretário de Meio Ambiente, Carlos Renato Mariano, é objetivo da prefeitura transformar as áreas no entorno das lagoas em área de lazer para a população, com ciclovias e jardins e já está em contato com a Serla visando iniciar o projeto de preservação dos mananciais de água doce do Lagomar, cuja área não pode ser ocupada por nenhuma construção.