Os apreciadores de canto-coral terão, esta semana, duas oportunidades para assistir o Coral da Cidade de Macaé. Na terça-feira (4), o grupo se apresentará, às 20h, na Escola Municipal da Aroeira, durante a abertura da Semana Estudantil da Educação de Jovens e Adultos-Eja, “Educando na Cidadania”, com o sub-tema “Olhares da Terra”, em parceria com o Programa Macaé Cidadão. Na quarta-feira (5), o coral participará da abertura do semestre letivo da Fundação Educacional de Macaé - Funemac, às 20h, em sua nova sede, na Cidade Universitária.
Com repertório eclético, desde o erudito sacro passando por spiritual, até peças modernas, o Coral da Cidade de Macaé selecionou para a dupla apresentação composições de Milton Nascimento e Djavan, além de uma peça africana e “Chiclete com Banana”, de Gordurinha, imortalizada por Jackson do Pandeiro. A proposta deste ano foi incluir obras de diversas regiões brasileiras, como a folclórica do Pará, Carimbó.
O coral, sob a regência do professor Wilson dos Santos Souza, do Conservatório Macaé de Música, é um órgão permanente da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes, da Fundação Macaé de Cultura. O grupo é formado por membros da comunidade e foi criado há quatro anos para atender a demanda cultural da sociedade macaense. Atualmente, cerca de 30 pessoas, de 15 anos até a terceira idade compõem o coro. A Fundação Macaé de Cultura tem como meta a excelência musical do grupo. Por isso, é oferecido aos integrantes conceitos e prática de técnicas vocais, aplicados em repertório variado. Muitos alunos do curso de prática de coral, que pertenceram ao coro do conservatório, ingressaram no projeto.
O Coral da Cidade de Macaé participa anualmente de aproximadamente 15 apresentações em eventos da municipalidade, também se apresenta no projeto Quartas Culturais da escola de artes e, ainda, no final do ano, realiza o concerto de gala no Teatro Municipal de Macaé. Nos últimos dois anos, participou do Encontro de Corais de Cabo Frio.
Os benefícios para quem integra o grupo vão além do âmbito musical. “Quem pratica canto-coral se torna mais sociável, melhora a capacidade de trabalhar em grupo, aprende a aceitar os próprios limites e os dos outros e desenvolve atitudes de solidariedade e colaboração. Além disso, amplia a aptidão de trabalhar com objetivos comuns”, garante Wilson. Para ele, os efeitos positivos podem ser transmitidos ao público. “O objetivo da arte é emocionar as platéias que estão carentes desse tipo de sensibilização”, completa o regente.
Os testes para aferir afinação e ritmo são realizados durante todo ano pelo professor, mas o ingresso de novos membros é restringido no segundo semestre, quando os repertórios já estão montados. Os classificados aguardam para fazer parte do grupo em fevereiro do próximo ano. Os ensaios acontecem as terças e quartas-feiras, de 20h às 22h, no Conservatório Macaé de Música.