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Homenagem a Dona Alice, inspiração para a criação do coro, emociona público e integrantes do grupo.
Uma homenagem muito especial do Coral da Cidade de Macaé a uma de suas primeiras integrantes e também inspiração para a carreira na música do fundador do grupo, Wilson dos Santos, e ainda para a criação do coro foi prestada no Centro Macaé de Cultura. O maestro esteve à frente do grupo de 2003 a 2017 e sua mãe, Alice Angélica dos Santos Souza, frequentou os ensaios até o início da pandemia de Covid-19, em 2020.
Dona Alice foi convidada para um ensaio especial dedicado a ela na entrada do Teatro Municipal de Macaé. Mesmo apresentando falhas de memória devido a senilidade, ela se lembra do repertório ensaiado e costuma pedir ao filho para levar para ela as partituras para estudar em casa. Quando Dona Alice cantou junto com o coral, a emoção tomou conta dos integrantes e do público. Antes da criação do grupo, Dona Alice já cantava em coro, vindo a inspirar a formação do filho regente e, mais tarde, a fundação do coral da cidade por ele.
“Resolvemos fazer esta homenagem, porque ela já estava em processo de senilidade antes da pandemia e, mesmo assim, fazia questão de estar conosco. Ela não me reconheceu no dia da homenagem, mas lembrava das músicas. Dona Alice chegou a participar de uma apresentação virtual durante a pandemia. Ela se levantou, se juntou ao coral e começou a cantar. Não sei como consegui seguir. Ela estava cantando com os olhos cheios d’água”, conta a regente do Coral da Cidade de Macaé e professora da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), Maristela Tavares.
A diretora da Emart, Sheila Juvêncio, falou sobre o comprometimento dos professores com cada indivíduo que passa pela escola. “A gente ama tanto o que faz que transcende. Meus parabéns à Maristela por essa homenagem e dedicação”.
“A arte, a nossa vivência e convivência não são só racionais. Se uma pessoa perde a cognição ou a memória, ela não necessariamente perde toda ela. Este tipo de grupo é de grande importância para a socialização e para a vivência da arte de nosso cotidiano e de nossa formação enquanto pessoa”, completa.