Coral Infantil da Escola de Artes lota Teatro

27/06/2018 11:24:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Raphael Bózeo

O ‘Copa’ contou com flauta, percussão, violão e cavaquinho

Com o Teatro Municipal lotado, crianças e adolescentes da Escola de Artes Maria José Guedes (Emart) apresentaram, na noite desta terça-feira (26), o espetáculo "Copa", uma produção integrada de equipes da Secretaria de Cultura de Macaé para o projeto Coral Infantil, com dois anos de formação. O palco foi aberto a 15 crianças do coral, de nove a 12 anos, acompanhadas por alunos de violão e pelos grupos de Cavaquinho, de Percussão e de Flauta Doce da escola, com a participação de professores.

O show foi marcado pelo clima de diversão na plateia e no palco. As cenas e musicais, aplaudidos a cada quadro, exaltavam o Brasil, o samba, o futebol e a confraternização entre os povos durante a Copa do Mundo de Futebol. No palco, enquanto canções emblemáticas eram apresentadas, entre elas "Fio Maravilha", "A taça do mundo é nossa" e "O Campeão", adolescentes que se prepararam para assistir a uma das partidas do Brasil na Copa ficam sabendo que um deles perdeu os ingressos do grupo. O enredo conquistou muitos risos do público.

Os 45 alunos do Grupo de Flautas que atuaram no espetáculo são das turmas de Éryka, de Eduardo Guia, de Ailton de Araújo e de Seinna Suppé. Já os professores do Grupo de Percussão, Jacaré Garcia, e de Violão e do Grupo de Cavaquinho, Marco Polo, participaram como instrumentistas junto com seus alunos.

- Fico muito satisfeito com a presença e a participação dos pais de alunos e familiares. E também com o desempenho destes agentes da Secretaria de Cultura, que contribuem para a formação de crianças e jovens, os inserindo no contexto cultural, utilizando este tema tão atual e agregador, a Copa - disse o secretário de Cultura, Thales Coutinho.

Tainá Nascimento Maia (13), integrante do Coral Infantil há dois anos, de acordo com a sua mãe, Márcia Nascimento, moradora do Novo Visconde, vem ganhando segurança. “Nesta apresentação a achei mais espontânea que nas anteriores. Era muito tímida e as aulas têm contribuído neste ponto da personalidade dela. Considero o trabalho excelente”, observou.

Já a avó de Luiza Caldas (12), no Grupo de Flautas desde fevereiro, Lídia Gonçalves Martins, moradora do Centro, gostou de todo o espetáculo, mas especialmente do Grupo de Flautas e do Teatro. “Pelo pouco tempo de flauta, ela está muito bem. Tudo muito bem organizado. Nota 10”, elogiou.

- Me deu um frio na barriga. Quase chorei quando percebi que consegui fazer tudo certo. Fiquei com um pouquinho de vergonha. Mas fiquei mais feliz do que com vergonha, disse Gabriel Bernardes Mendes (12), morador da Aroeira, integrante do Coral.

O morador da Nova Cidade, Victor Silveira, é padrinho de Ana Patrocínio (9), membro do coral. Além dele, foram prestigiar a apresentação de Ana, a sua madrinha, avós maternos e paternos e tios e tias. “Gostei do espetáculo. É um momento importante de integração cultural", disse Victor. Já Ana enfatizou que quer continuar cantando. “As aulas são boas e esta é uma experiência diferente, porque estou em um lugar novo, especial”, salienta a menina.

Música como um meio

Para o diretor da Emart, Edie Lameu, o projeto só é possível porque Macaé é um dos poucos municípios do país que oferece uma escola pública de artes. “Através da música, que nos leva a lugares de nossa memória, e do tema ‘Copa’, buscamos transmitir este sentimento das pessoas, que estão agora torcendo pelo Brasil. Foi emocionante o resultado deste projeto multidisciplinar, com muito envolvimento dos pais, dos professores e de funcionários da secretaria que se tornaram voluntariosamente equipe de produção”, disse.

A professora de musicalização infantil, de flauta e regente do Coral Infantil, Érica Robert, considera que esta foi a melhor aula prática que a escola poderia oferecer aos seus alunos. “Estamos desenvolvendo este projeto desde o ano passado, com envolvimento do material humano e artístico disponível na Emart. Durante a preparação são observados aspectos de inclusão dos diversos tipos, de desenvolvimento de inteligência emocional e da música como prática terapêutica, vindo a ser mais um meio do que um fim”, esclareceu a regente.


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