Macaé, centro de suporte das operações offshore da Petrobras na Bacia de Campos - responsável pela produção de 80% do petróleo nacional e de 40% do gás natural – une vigor econômico com potencial para novos investimentos. Com estimativa populacional de 217.951 em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade cresceu em população mais do que o dobro em menos de vinte anos.
O município contabiliza números superlativos: é a sétima do país na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de energia, com 5,4% e nona melhor cidade do Brasil para fazer carreira, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
Todo esse potencial socioeconômico reflete na necessidade constante do poder público multiplicar investimentos para atender a demanda nos setores de saúde, educação, infraestrutura, saneamento e também na mobilidade urbana. Na prefeitura, a mobilidade urbana, que envolve análises de trânsito, transporte, ambiente urbano e coletividade, busca soluções inovadoras, integrações e requalificação.
Um exemplo da busca da prefeitura por soluções de deslocamento urbano foi o encontro ocorrido na semana passada entre o vice-prefeito Danilo Funke, representantes da secretaria de Mobilidade Urbana, de Fazenda e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec) com empresários espanhóis. A ideia foi fazer um intercâmbio de informações para discutir soluções de mobilidade com profissionais que passaram por experiências no país de origem, em questões como maior rapidez de deslocamento em vias públicas e legislação de trânsito.
- Estudamos mecanismos de criar condições de uma cidade que não foi planejada, caso de Macaé, e teve um crescimento acelerado, ter sua viabilidade em mobilidade urbana. Macaé precisa de um estudo diferenciado, devido suas características, e vamos continuar nesse objetivo – afirmou o secretário de Mobilidade Urbana, Mauro Figueiredo.
O vice-prefeito Danilo Funke lembrou que a cidade dará novo salto de crescimento em um espaço de dez anos com as novas perspectivas abertas pelo pré-sal, o que atrairá mais moradores, além de investimentos do setor privado. "Defendemos projetos de infraestrutura que não tragam impacto para o meio ambiente e vamos caminhar neste sentido", comentou.
O presidente do Fumdec, Vandré Guimarães, lembrou que países como Alemanha e França são pioneiros em busca de soluções por mobilidade urbana – e a Espanha em um segundo momento. "Fazemos intercâmbio de informações para estudarmos as tecnologias aplicadas e elaborarmos projetos técnicos sobre mobilidade", comentou Guimarães.
Novos encontros com representantes de metrópoles vão continuar na prefeitura para melhoria e ampliação de sistemas de transporte público; promoção de deslocamento com agilidade, segurança e acessibilidade; e redução de acidentes de trânsito em vias públicas.