Foto: Ana Chaffin
Cerca de 50 crianças, moradoras do bairro Malvinas, participaram da ação
Cerca de 50 crianças, com idades entre sete e 14 anos, moradoras do bairro Malvinas, fizeram uma visita guiada ao Estádio Expedicionário Cláudio Moacyr (Moacyrzão), na manhã desta sexta-feira (28). A atividade foi organizada pela ONG Poscris, "Podemos Ser Crianças Saudáveis", em parceria com o setor de psicologia da Faculdade Estácio de Sá.
Na ocasião, houve atividades de extensão social: brincadeiras e jogos. Também ocorreu testemunho do jogador de futebol do time Serra Macaense, sub-15, Carlos Eduardo. Ele contou sua experiência de vida, o apoio de sua mãe para enfrentar as dificuldades. "Aconselhei aos pequenos a obedecer seus pais, ter foco nos objetivos e a nunca desistirem de seus sonhos", comenta.
Para a secretária de Esportes, Andréa Freitas, o objetivo da visita guiada com essas crianças das Malvinas foi aumentar seu conhecimento do estádio macaense, que é um patrimônio do município. "A gente sente satisfação e realização ao contemplar o sorriso dessas crianças, que na maioria das vezes nunca tinham entrado no Moacyrzão", conta.
Segundo o presidente da ONG, Paulo da Silva, oito voluntários orientam o público em trabalho de prevenção a drogas lícitas e ilícitas, por intermédio de cursos em prol dos componentes infanto-juvenis e palestras para os pais. Eles também usufruem de rodas de conversa com alunos e estagiários do setor de psicologia da Estácio.
"Junto a essas crianças, desenvolvemos e damos suporte às áreas emocional e afetiva, resgatando laços familiares envolvendo pais e filhos. Queremos despertar no público-alvo, que mora na periferia, reflexão sobre seus sentimentos, o que chamamos de "cidadania subjetiva", informa Aline Lisboa, professora de psicologia, acrescentando que o setor de psicologia da Estácio também orienta os jovens sobre sexualidade, afeto e relações, além de outras questões psicológicas de base. "Os pais têm gostado de nosso trabalho", pontua ela.
Também atuaram no Moacyrzão estagiários de psicologia da faculdade Estácio de Sá. A estagiária Thamiris Ribeiro disse que o trabalho da ONG é importante, pois edifica o contexto familiar. "Graças a essas atividades e orientações, as crianças estão conseguindo se expressar melhor atualmente do que quando entraram no projeto. O desenvolvimento psicológico dos membros do grupo infanto-juvenil tem sido fortalecido", frisou.
A mãe de Kayke (15) e Laís (8), que estão no projeto da ONG há anos explica que o comportamento de seus filhos está melhor graças a essas atividades. "Também gosto das aulas de reforço no contraturno da escola que eles aproveitam", diz.