Os filhos em idade escolar das 24 famílias instaladas em prédio alugado pela prefeitura no Novo Cavaleiros, que tiveram suas casas demolidas após decisão da Justiça, terão um veículo escolar a partir desta terça-feira (2). O veículo vai levar as crianças para as escolas e após as aulas, buscar. Esse é um dos acompanhamentos que a prefeitura está realizando ao grupo.
A Procuradora Geral do município, Maria Auxiliadora de Moura Ferreira, explicou que a ajuda que a prefeitura tem fornecido é por “solidariedade humana” e não por imposição da Justiça. “Não houve nenhuma determinação ou imposição da Justiça para ajudarmos essas famílias. Ajudamos porque todos são cidadãos”, disse. A procuradora já foi pessoalmente visitar as famílias para verificar a situação do grupo. O secretário de Obras, Tadeu Campos, também já esteve no prédio que a prefeitura alugou.
As 24 famílias nomearam quatro pessoas para serem os porta-vozes do grupo na prefeitura. Desses quatro, dois são considerados os “síndicos” do prédio, fazendo a interlocução com a prefeitura. “Eles nos avisam quando precisam de alguma coisa. Nossa porta está aberta para eles”, afirmou a procuradora.
Todas as 24 famílias ganharão casas populares, após decisão do prefeito Riverton Mussi (PSDB), sem que houvesse imposição da Justiça. O grupo permanece no prédio alugado no Novo Cavaleiros até a construção das casas. A entrega das casas está prevista para outubro. No momento, a prefeitura estuda a possibilidade de construir um tanque comunitário para o grupo.
As famílias ocupavam um terreno da prefeitura no bairro Novo Horizonte. Uma ordem de reintegração de posse, expedida pela Segunda Vara Cível de Macaé, determinou a retirada dos invasores, no mês passado.