Curso de Análises Clínicas do Cetep muda vidas

21/10/2015 09:30:00 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: João Barreto

Alunos conheceram, esta semana, a rotina de um laboratório

O curso de Auxiliar de Laboratório de Análises Clínicas, promovido pelo Centro de Educação Técnica e Profissionalizante (Cetep), da Agência de Trabalho, Educação Profissional e Renda de Macaé (Agetrab), proporciona mudanças de vida. Foi isso o que disseram as auxiliares de laboratório Ana Lúcia de Oliveira, de 47 anos, e Pâmela Muniz, de 24 anos, que também é técnica em enfermagem.

- Consegui emprego na área em 2008, mesmo ano que fazia o curso gratuito da prefeitura, fato que propiciou meu primeiro emprego na área de saúde e que me deu a oportunidade de fazer duas faculdades - informa Ana, que mora no bairro Ajuda de Baixo, sobre a abertura de portas que o Cetep lhe concedeu.

Já Pâmela conta que fez o curso em 2013, adquirindo o emprego no ano seguinte. "Quando comecei estagiava como auxiliar de coleta, atualmente sou técnica em enfermagem no setor de Cintilografia", comenta, acrescentando que faz exames referentes a materiais radioativos nas esferas ósseas, gástricas, cerebral, de tireóide e densitometria óssea, e outros. "Foi graças ao caminho que o Cetep abriu para mim que mudei de área dentro do trabalho e atuo nas estruturas da minha competência", avalia.

É na diversidade que se encontra o sucesso

Para o presidente da Agetrab, Alexandre Fernandes, o importante é que Macaé é muito mais que petróleo. "Existe uma gama de áreas promissoras, por exemplo, a saúde, tanto pública como particular, que vão ao encontro das vocações de cada pessoa e do município", garante.

Ele diz que a parceria da Agetrab com as empresas na área de saúde - como o convênio com o Instituto de Medicina Nuclear, onde são realizadas visitas técnicas dos alunos -, é fundamental para o eficaz desenvolvimento para quem está aprendendo. "É na diversidade que se chega ao sucesso", justifica.

Visita Técnica

Esta semana, dez alunas do curso de Auxiliar de Laboratório de Análises Clínicas estiveram no Instituto de Medicina Nuclear. Lá, fizeram uma visita técnica para que vissem de perto o ambiente laboratorial e como são processadas as amostras.

O curso conta com 33 alunos e suas aulas teóricas tiveram início em agosto de 2015 e as práticas começam no final de outubro. Quem coordenou a visita foi a médica de Patologia Clínica, doutora Valéria Servino.

A instrutora do curso, a bióloga especialista em Análises Clínicas, Juliana de Oliveira foi enfática: "O objetivo do curso é inserir os alunos no mercado de trabalho, seja no setor público ou privado, como auxiliares de laboratório.

O trabalho de um auxiliar de laboratório constitui-se das seguintes atividades profissionais: coleta de sangue, triagem de material, podendo atuar nos laboratórios de Urinálise, Parasitologia, Microbiologia e outros. Sempre ajuda e apóia os biólogos, biomédicos, farmacêuticos e bioquímicos.

Esperança de dias melhores dos atuais alunos

- Sempre gostei de laboratórios na área industrial (química). Com a crise, optei pela esfera de saúde. Só a possibilidade de ajudar ao próximo que o setor de Análises Clínicas oferece já me satisfaz", diz a aluna Joice Delfino, de 20 anos.

Irian da Silva, de 37 anos, salienta que o curso lhe conferiu esperança de dias melhores, pelo fato de combater com precisão o desemprego. "Estou me capacitando para futuros concursos, o próximo para a minha área já acontece em dezembro", completa.

A aluna Verusa Machado, de 32 anos, afirma que o curso lhe confere "um mundo novo e um grande aprendizado". Ela conta que tem aprendido quesitos que vão de coleta à manipulação de materiais, passando por processos EAS (mais rápido) até o de 24 horas.


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