A 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), evento do Ministério da Cultura (MinC) que integra as políticas de cultura e suas diretrizes em todo o Brasil, foi aberta, na segunda-feira (4), e se estenderá até sexta-feira (8). O fórum, que ocorre em Brasília-DF, debaterá 140 propostas recebidas de estados e do Distrito Federal, formuladas a partir das conferências regionais. Macaé tem dois delegados que representam a Região Norte Fluminense na comitiva do Estado do Rio de Janeiro.
O tema da Conferência é Democracia e Direito à Cultura. Ela acontece após 11 anos de intervalo desde a última, realizada em 2013, e reúne mais de 3 mil participantes. Entre os delegados, que têm direito a voz e voto das propostas apresentadas, estão o secretário de Cultura de Macaé, Leandro Mussi, representando o Poder Público, e o presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Macaé (CMPCM), Ruben Pereira, pela Sociedade Civil e discussões setoriais do estado na vertente Patrimônio Cultural.
A representação destes dois delegados abrange os municípios: Macaé, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Carapebus, Quissamã, Conceição de Macabu, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis e Cardoso Moreira.
“A participação de representantes de Macaé na 4ª CNC é crucial, pois permite que o município contribua com ideias, perspectivas e demandas específicas, fortalecendo sua voz no cenário cultural nacional e influenciando políticas que impactam diretamente a comunidade local. Hoje (6), estou indo ao Congresso Nacional para acompanhar de perto a votação do Sistema Nacional de Cultura”, disse Leandro Mussi.
As 140 propostas enviadas à 4ª CNC serão debatidas em 12 grupos de trabalho e seis eixos temáticos. Ruben Pereira contribuiu, na manhã desta quarta-feira (6), com uma fala, em reunião de eixo, sobre a territorialização da cultura.
“Como representante territorial do Norte Fluminense, pudemos debater com pessoas do Amapá e do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Todos discutindo a necessidade de um olhar mais cuidadoso para os territórios. Ou seja, um olhar não só para a capital daquele estado. Os territórios ainda estão muito invisibilizados. Nossa Região Norte Fluminense ainda sofre um pouco disso. Os números da cidade do Rio de Janeiro não nos representam. Fiz um discurso neste sentido, porque estes recortes precisam acontecer”, frisou.
Ele ressalta ainda que, participando de outras reuniões, observou que se evidencia a discussão setorial das políticas culturais. “Nós precisamos fortalecer as nossas setoriais, por exemplo: artesanato, música, dança, cultura indígena e de matriz africana. O Plano Nacional está sendo construído voltado para as Setoriais, que precisam estar representadas e bem articuladas na cidade para obtermos ganho com a nova Política Nacional de Cultura que está sendo criada aqui”.
Ruben também integra as discussões relativas ao fortalecimento dos conselhos municipais e participação social na política pública de cultura. Nesta noite, ele participará ainda de reunião da Setorial de Museus, para debates sobre o patrimônio ferroviário.