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Boneca é uma tradição da identidade negra
Para discutir a importância da inserção do negro na sociedade e a implementação de políticas públicas, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Macaé realizou nesta quinta-feira (24) uma roda de conversa com o tema “Quem são os nossos usuários? Sua história e identidade”, em comemoração à Semana Municipal da Consciência Negra.
Segundo a Subsecretária de Desenvolvimento Social, Kátia Magalhães – especialista em História e Cultura Afro-Brasileira e palestrante, foi feito um levantamento para traçar o perfil dos usuários dos programas desenvolvidos na secretaria.
De acordo com as informações e coleta de dados de Consulta, Seleção e Extração do CAD Único (CECAD), a secretaria assiste 54.519 usuários, sendo 39.247 da raça negra.
- Por que 72% dos assistidos pela secretaria são negros? A fim de encontrarmos resposta para tal pergunta, fizemos uma discussão da história negra do Brasil, da chegada dos povos africanos para serem escravizados, sua contribuição na formação do país, (re) valorizando sua história e (re) conhecendo suas influências e cultura -, frisou, acrescentando que ainda há hoje no Brasil práticas de racismo, de intolerância e preconceito.
Durante a palestra, foi abordada a necessidade de humanização nos organismos públicos, a perversidade do racismo institucional e a intolerância religiosa. Ela pontuou a responsabilidade de todos no trato com o outro. "Viver em sociedade que respeite as diferenças é o caminho para que ela seja cada dia mais justa e igualitária", afirma Kátia.
Os participantes receberam um brinde confeccionado pelas professoras do curso de artesanato. O presente foi uma “nega maluca” - segundo a história, as mães confeccionavam essas bonequinhas nas barras de suas saias para que seus pequenos ficassem perto enquanto trabalhavam.