Confecção de “Mosquiteca” com garrafas pet e preparo de repelente caseiro natural. Com essas formas fáceis e baratas que os profissionais da Secretaria de Educação (Semed) estão travando a guerra contra a dengue no município. As receitas foram o ponto alto do “Dia D – EducAção contra a Dengue”, que aconteceu na terça-feira (25), no Horto Municipal, na Estrada do Emburo.
O evento teve como público alvo monitores de Saúde, Meio Ambiente e Cultura das escolas de horário integral e contou com a participação de profissionais da área médica e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia, ressaltou a parceria entre Educação e Saúde em prol do bem da população.
Durante a manhã, três palestras foram ministradas. A primeira abordou o tema “Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde” e foi proferida pela bióloga do CCZ, Mayane Martins da Silva. O chefe da Divisão Especial do CCZ, Rogério Rodrigues Lemos, falou sobre os dados coletados pela Saúde Coletiva do município sobre a dengue. Finalizando a sessão de palestras, a médica homeopata e coordenadora do Programa de Homeopatia, Maria Luiza Zampierri, falou sobre o tratamento feito com as gotas homeopáticas que estão sendo aplicadas nos postos de saúde da rede pública de Macaé.
- Todos os participantes começaram aprendendo sobre a evolução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti e os locais propícios para sua proliferação. Em seguida, tiramos as dúvidas sobre a gotinha homeopática. Ela só tem eficácia por um período de quatro meses. Todos esses conhecimentos vão ser trabalhados em salas de aulas por esses monitores que participaram do evento e, consequentemente, esses conhecimentos vão chegar às famílias dos alunos. Assim estaremos disseminando todo o conhecimento de prevenção e combate a doença, explicou Conceição de Maria Rosa, subsecretária de Educação na Saúde, Cultura, Esporte e Meio Ambiente e coordenadora do Dia D.
Mosquiteca e repelente natural
À tarde, os monitores aprenderam a confeccionar “Mosquiteca”, armadilha inventada por um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com biólogos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse material foi testado e aprovado por seus inventores.
- A Subsecretaria de Educação, Cultura, Esporte e Meio Ambiente estará, a partir de agora, estipulando um prazo de dois meses, mais ou menos, para que os trabalhos desenvolvidos aqui no Dia D sejam repassados aos alunos. Dentro desse período, nossa coordenadoria vai as escolas conferir de perto o que os alunos desenvolveram. Sugerimos que os monitores de cultura planejem e executem peças de teatro, a Saúde realize oficinas de conscientização e as equipes de Meio Ambiente confeccione mosquitecas com os alunos, contou Conceição de Maria, lembrando que os alunos também devem aprender a fazer em casa um repelente natural a base de cravo da índia, passada pelos pescadores do Ceará, que nunca tiveram dengue ou afins.
Receita do Repelente caseiro
Ingredientes
½ garrafa de álcool
1 pacote de cravo da índia (30 cravos) – 100g
100 ml de óleo para bebê, para hidratar a pele
Modo de fazer:
Colocar os cravos em infusão no álcool por quatro dias, depois misturar no óleo e aplicar no corpo e borrifar no ambiente.
Construa uma “Mosquiteca”
1) Pegue uma garrafa Pet de um litro e meio ou mais. Corte a parte superior para fazer uma espécie de funil.
2) Corte cerca de dez centímetros da Pet, parte da base da garrafa
3) Lixe a parte interna do pedaço parecido a um funil. Pode ser utilizada uma lixa para madeira - granulação 60, 100 ou 120. O objetivo é deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão.
4) Utilizando o "anel", parte da tampa da própria garrafa, faça um fechamento com um pedacinho de tela dobrado. Não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o mosquito passe
5) Coloque cinco grãos de arroz ou de alpiste amassados ou ração para gatos dentro da parte inferior da garrafa Pet.
6) Sele as duas partes com fita isolante.
7) Viva! Está pronta a armadilha para a fêmea do mosquito transmissor da dengue.
Como funciona?
Encha com água limpa até cerca de 3 centímetros da borda do funil. Complete a água à medida que ela for evaporando.
Coloque a armadilha no quintal ou onde ficam os mosquitos. É necessário ser um local sombreado, pois as fêmeas do mosquito não gostam de sol.
A fêmea do mosquito verifica onde está havendo evaporação da água para colocar os seus ovos.
Os grãos de arroz ou alpiste amassados são importantes porque a fêmea só põe ovos onde ela identifica que a água possui alimento para as larvas. Até “os mosquitos” têm instinto materno.
Os ovos descerão pelos buracos da tela e ficarão na parte inferior do recipiente.
A tela serve de elemento de ligação entre as duas partes e não permite que as larvas passem para a parte superior do recipiente. A presença da barreira de tela é muito importante. Mas se ela estiver rasgada ou destruída, em vez de uma armadilha para o mosquito, você estará fornecendo um criatório para ele.
Periodicamente, esvazie a parte inferior e mate as larvas com cloro. Verifique se está tudo ok com a tela e encha novamente a armadilha com água. Verifique a sua armadilha todos os dias.