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Atividade de conscientização é realizada mensalmente
No período em que se chama a atenção sobre a importância do tratamento de saúde mental, o "Dia Laranja", atividade mensal da Secretaria de Políticas para as Mulheres, realizado na última segunda-feira (26), tratou do relacionamento abusivo e os reflexos na saúde da mulher. O tema foi abordado pela psicóloga do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), Flávia Luz.
Relacionamentos abusivos são mais comuns do que se pensa. E em muitas situações, a violência física não é o único sinal. Reconhecê-los é fundamental para que a mulher consiga romper o ciclo da violência. Atualmente, já existem pesquisas que apontam que agressores seguem um padrão de comportamento universal: a relação começa como qualquer outra, mas depois acontecem episódios de tensão, violência e reconciliação.
De acordo com a psicóloga Flávia Luz, os principais sinais costumam ser o excesso de amor, superproteção, ameaças e chantagens, agressão verbal e violência psicológica, entre outros. Ela explicou ainda porque é tão difícil colocar um ponto final em um relacionamento como esse.
Com consequência, o relacionamento abusivo causa impactos não só na saúde física quanto mental. A mulher acaba se isolando socialmente, tem a autoestima abalada, sofre impactos na carreira e, às vezes, carrega por anos esse trauma. “A mulher se convence de que ela é o problema e não consegue entrar em outros relacionamentos por acreditar que a história vai se repetir, o que nem sempre é verdade”, aponta a psicóloga.
“Muitas vezes a mulher acredita que ele (o agressor) é uma ‘boa pessoa’, ou que ‘uma hora isso vai passar’, tem medo de se arrepender, sentimento de pena e receio de causar dor a outra pessoa, de romper o vínculo com familiares e amigos e ainda a questão financeira”, avalia.