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O filme está na lista com mais 15 filmes inscritos para representar o Brasil no prêmio de melhor filme estrangeiro na festa do Oscar 2012
Os bastidores do cotidiano das passistas do carnaval carioca contados de uma outra forma, sem confetes e serpentinas, apenas com a vida real de 13 mulheres oriundas de várias comunidades do Rio de Janeiro. Esta é a história do longametragem “Mulatas! Um tufão nos quadris”, do roteirista Walmor Pamplona, que produz os vídeos comerciais e para o portal da Prefeitura de Macaé (www.macae.rj.gov.br), por meio da Secretaria Municipal de Comunicação. O filme está na lista com mais 15 filmes inscritos para representar o Brasil no prêmio de melhor filme estrangeiro na festa do Oscar 2012. A seleção acontece na próxima terça-feira (20), às 10h, no Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro.
Walmor Pamplona conta que o filme foi realizado ao longo de 2010 e que foi lançado em fevereiro deste ano em várias salas de exibição do Rio de Janeiro, como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mas que já está negociando com a TV Globo o licenciamento para realizar duas exibições em 2012, para divulgar melhor o trabalho.
- O conceito do filme é uma entrevista com 13 passistas de escolas de samba de várias gerações mostrando o seu dia a dia, pois quando acaba o carnaval ninguém mais sabe o que acontece com essas pessoas, o que fazem, onde moram, enfim tudo sobre a vida delas, explica.
Pamplona destaca que o grande conflito que essas mulatas vivenciam durante o desfile de carnaval é a nudez, que no simbólico representa intimidade, mas que não é o caso delas, já que o samba significa o trabalho delas – é um show para os expectadores.
- Mostramos também o lado triste da vida dessas passistas, pois muitas vezes são discriminadas pela sociedade, pelos homens que sentem ciúmes e não querem compromisso, pelos filhos adolescentes que não aceitam sua profissão, entre outros fatores que elas precisam lidar, ressalta o diretor.
Mas nem tudo é sofrimento. O filme ao mesmo tempo mostra as técnicas utilizadas pelas mulatas em diferentes ambientes da Passarela do Samba, e que mesmo com todas as dificuldades, revelam o lado descontraído dessas estrelas anônimas, que em sua maioria vivem em comunidades do Rio de Janeiro, tornando-se referências e tradição dessas escolas de samba.
Uma dessas personagens é Tânia Bisteka, que é vice-presidente de eventos e coordenadora da ala de passistas da Mangueira. Aos 36 anos, fez seu último desfile como passista no Sábado das Campeãs de 2010. Tem uma das histórias mais ricas, com longas viagens ao exterior e um grande conhecimento do mundo do samba. Outra celebridade do samba é Sonia Capeta, 50 anos, até hoje desfila na Beija-Flor. Ex-rainha de bateria, ela é uma celebridade na escola, mulata antológica.
A ficha técnica do filme é composta por Walmor Pamplona, na direção; assistentes de direção, Manuh Fontes e Claudia Ebert; roteiro, Aydano André Motta; direção musical, Luis Filipe de Lima; produtor executivo, Christoph Reisky; produção, Carla Rainho; assistente de produção, Luiza Canário; direção de fotografia, André Pamplona; cinegrafistas, André Pamplona, Daniel Vitales, Bernardo Scotti; edição, Gregorio Mariz; finalização, Diego Bragança; som direto, Igor Pessoa; assessoria jurídica, Ana Cristina Monteiro Medeiros; realização, www.cariocafilmes.com.br.