Foto: João Barreto
As orientações foram dadas pela equipe da Vigilância Epidemiológica
Diretores e profissionais das unidades municipais de ensino (principalmente do segmento infantil) receberam, na tarde desta sexta-feira (16), orientações da equipe da Vigilância Epidemiológica e Coordenação de Imunização da Secretaria de Saúde sobre a meningite e os principais cuidados em relação à doença. O encontro, que aconteceu no auditório da Secretaria de Educação, teve o objetivo de tirar dúvidas e tranquilizar os profissionais da educação sobre os sintomas e o fato de que, nos últimos 10 anos, não há registro de surto em Macaé.
Estiveram presentes a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde, Cláudia Campanati; a Gerente da Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin; a coordenadora de Educação em Saúde, Nilce Braga; a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Bianca Monteiro; a técnica da Vigilância Epidemiológica, Waldéia Fernandes; e o representante do setor de Educação em Saúde, Alex Camargo.
A previsão é que, a partir da próxima semana, a Prefeitura de Macaé realize uma proposta de prevenção quanto à meningite sorogrupo C. A intenção é que a Secretaria de Saúde, através do Programa Municipal de Imunização, em ação conjunta com a Secretaria de Educação, promova a extensão do calendário vacinal infantil (crianças entre dois anos a nove anos, onze meses e 29 dias). A estratégia, que ainda está sendo definida, deve ser divulgada nos próximos dias.
Segundo Cláudia Campanati, a incidência de casos de meningite no inverno é comum em todo o Brasil. “A bactéria de meningite só é transmitida por contato prolongado e íntimo, acima de quatro horas. Neste período do ano, o ideal é reforçar normas de higiene nas escolas e lares, além de deixar salas e outros ambientes arejados com portas e janelas abertas”, disse.
Sintomas
Durante o encontro foram destacados os sintomas mais comuns de meningite, que são são forte dor de cabeça e rigidez de nuca associados a febre alta, confusão mental, alteração do nível de consciência, vômitos e a intolerância à luz (fotofobia) ou a sons altos (fonofobia). Em 2013, foram 18 casos de meningite em Macaé, sendo cinco de meningite meningocócica. Em 2014, foram 11 casos, sendo um caso de meningite meningocócica e um de meningococcemia (óbito).
A Gerente da Vigilância em Saúde, Ana Paula Dalcin, pontuou que a meningite é uma inflamação das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, conhecidas como meninges. “Infelizmente um criança que estudava na Escola Municipal de Educação Infantil Maria de Maris Sarmento Torres, faleceu com um quadro sugestivo de meningococcemia grave - o nome que se dá aos casos suspeitos de meningite grave, enquanto não se tem a comprovação com exame laboratorial da doença”, destacou Ana Paula.
Proteção individual e da população
O isolamento do paciente está indicado apenas durante as primeiras 24 horas do tratamento com o antibiótico adequado. Nos casos de doença meningocócica ou meningite por Haemophilus influenzae está indicada a quimioprofilaxia do caso e dos contatos próximos.
Doença Meningocócica
Na reunião também foi destacada a doença meningocócica, que caracteriza-se pela presença de quadro clínico suspeito associado a manchas pelo corpo ou exame laboratorial compatível com Neisseria meningitidis.
Gestores
O encontro integrou diversos dirigentes municipais. Entre eles estavam os das unidades municipais Maria de Maris Sarmento Torres, Elizeth Ferreira; e das Malvinas, Elen dos Santos. As duas elogiaram a iniciativa das Secretarias de Saúde e Educação. “Esta é a oportunidade para que possamos esclarecer questionamentos, cujas respostas poderão ser multiplicadas aos pais e profissionais que atuam nas escolas”, contou Elen.
Educação
Estiveram presentes ao encontro a Subsecretária de Ensino Fundamental, Luciane Carneiro, o coordenador do Programa Saúde na Escola (PSE), Marcelo Machado, e a Subsecretária de Educação Infantil, Cristina Burle. Ela lembrou que durante os anos letivos de 2013 e 2014, a rede municipal, registrou três casos de meningite no inverno.
- É ideal que os educadores aconselhem pais e responsáveis quanto às questões como higiene, e deixar os espaços bem arejados, evitando assim a umidade. Agradeço a presença de todos os dirigentes, que estão preocupados com a qualidade de vida dos estudantes”, salientou.
Já o coordenador do Programa Saúde na Escola, Marcelo Machado, explicou que o PSE seguirá o cronograma de atividades, divulgando a importância da cobertura e atualização vacinal dos estudantes da rede municipal.