Foto: Rui Porto Filho
O documentário "Os Guardiões da Floresta", de Max Baring e Karla Mendes, foi exibido no museu.
Depois da exibição do documentário "Os Guardiões da Floresta", de Max Baring e Karla Mendes, uma roda de conversa provocou reflexões sobre diversidade cultural, social, étnica e de gênero. Na plateia, estudantes do Ensino Médio e graduandos fizeram perguntas aos convidados e trocaram experiências, na noite de quarta-feira (29), durante o projeto Curta no Museu, no Solar dos Mellos - Museu da Cidade de Macaé.
"Mês a mês, a cada edição do Curta no Museu, depois de assistir ao filme e participar do debate, temos um ganho em o nosso autoconhecimento como ser humano e cidadão, para a conscientização em muitos âmbitos. A partir da diversidade étnica, abordando os índios da Amazônia, tratamos da importância da diversidade em geral. O filme desperta para a necessidade de uma mudança de forma de agir. Nos deixa um alerta", disse a diretora do Solar dos Mellos, Patrícia Barboza.
Participaram do debate o professor Rafael Costa e o mestrando Theo Arueira, ambos do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ). Além deles, as representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Social, Yaisa Carolina, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Raquel Duarte, explanaram. A roda de conversa foi mediada pelo produtor cultural do Curta no Museu, Hélder Santana.
"Espaços democráticos para fomento e debate de cultura e diversidades são sempre um alento. Fiquei muito feliz pelo convite. Parabenizo e também me responsabilizo como parte do processo, sempre em parceria. Através do conhecimento e de identidade é que combatemos o racismo. O incômodo faz a gente sair da inércia e procurar mudar. Estamos nesta expectativa de mudança", ressaltou Yaisa.
Para Raquel Duarte, é importante debater diversidade com a sociedade para se evidenciar e normalizar os tipos de corpos, gêneros, raças, classes sociais e demais estereótipos. "Só se rompe a violência, quando se fala sobre a violência e o mesmo acontece com a diversidade. Só se consegue viver bem em uma sociedade diversa, quando se fala sobre isso e se normaliza. Assim, ganhamos forças para nos acolher e abranger assuntos que antes eram tabus", frisou.
Esta edição encerra o primeiro ciclo do ano do Curta no Museu. O projeto será retomado em agosto. "Estamos agradecidos por mais um ciclo do Curta no Museu. O público desta noite foi muito acertivo e interessado neste debate sobre as diversidades", disse Hélder Santana.
Os presentes também interagiram durante o evento através de intervenção artística da atriz e produtora de audiovisual, Mell Haber.