Foto: Juranir Badaró
Na segunda-feira, os agentes de endemias já atuarão nos quarteirões onde foram encontrados maior número de focos
O resultado do segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), feito de 11 a 15 de março, pelo Centro de Controle de Zoonoses da secretaria de Saúde, foi divulgado nesta quarta-feira (20). O índice de infestação predial do município foi de 3,8%, o que representa situação de alerta para epidemia. Os agentes de endemias visitaram 3.920 imóveis.
Já o índice Breteau (relação de recipientes positivos em imóveis pesquisados) foi de 4,5%, considerado de risco. Segundo dados anteriores, estes indicadores eram equivalentes, o que demonstra o descuido da população.
No primeiro levantamento, realizado em janeiro deste ano, o LIRAa apontou índice geral de infestação de 1,6%. O resultado da pesquisa mostra que boa parte da população ainda precisa reservar um tempo para verificar os depósitos que podem se tornar criadouros do mosquito. A falta de cuidado pode pôr em risco a própria vida e a de terceiros.
Na próxima semana, os agentes de endemias já atuarão nos quarteirões onde foram encontrados maior número de focos. Além do trabalho de campo, será feita orientação com distribuição de folhetos explicativos nos locais de maior concentração de pessoas como os terminais rodoviários, rodoviária e calçadão da Avenida Rui Barbosa.
Dengue: colaboração da população é fundamental
Os gestores de saúde ressaltam que a colaboração da população é fundamental no controle da doença na cidade e a principal arma para conter a dengue é não deixar o mosquito nascer. No Estado do Rio de Janeiro, 35 cidades já enfrentam uma epidemia da doença, inclusive com a confirmação de dois óbitos, por isso a compreensão e a cooperação de toda a sociedade é importante nesta luta.
A prefeitura tem trabalhado para evitar uma nova epidemia de dengue na cidade. Em janeiro foi lançada a campanha de combate à dengue 2013, com o tema “Não dê chance para a dengue”. Mais de cem agentes de endemias percorreram toda a cidade de casa em casa, identificando focos do mosquito da dengue e conscientizando a população sobre os perigos da doença. Além do trabalho de visita domiciliar realizado pelos agentes, a secretaria de Saúde tem usado outros meios para alertar a população sobre o risco de uma nova epidemia de dengue, com ações intersetoriais.
Levantamento – De acordo com o levantamento, das 46 localidades visitadas, 34 apresentaram a presença da larva do Aedes e nenhum delas ficou abaixo de 1%. Dezessete localidades estão em alerta com índice entre 1% a 3% e 17 em risco, acima de 3,9%.
Dos 3.920 imóveis visitados, 150 registraram a presença de larvas. Nestes foram encontrados criadouros de larvas do Aedes, uma média de dois por imóvel. Os principais depósitos foram ao nível do solo como caixas d´água e reservatório de água para consumo humano. Como também os removíveis como pratos de plantas e reservatórios de água para animais.