Dr. Aluízio apresenta cenários da indústria do petróleo em seminário do Sebrae

20/05/2015 17:36:00 - Jornalista: Tatiana Gama

Foto: Flávio Sardou

O prefeito destacou que crise se vence com trabalho, otimização de recursos e diversificação da economia

O prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Dr. Aluízio, apresentou o tema "Os municípios produtores e a nova agenda da indústria", durante o seminário "O Cenário Atual do Setor de Petróleo", promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nesta quarta-feira (20), no Windsor Guanabara Hotel, no Rio de Janeiro. O desafio, segundo ele, é sair da crise fortalecido. "O enfrentamento acontece com trabalho, eficiência, otimização de recursos e diversificação da economia. Essa indústria é responsável por 12% do PIB nacional e 30% no mesmo índice estadual", acrescentou.

Criar as condições necessárias para a retomada do desenvolvimento da indústria do petróleo foi outro ponto destacado pelo prefeito no encontro. Os projetos estruturantes que contribuem com o setor são: Porto de Imbetiba; Aeroporto de Macaé, que está em ampliação, incluindo, o recebimento de cargas; Rede Hoteleira; Terminal Portuário de Macaé, o Tepor, em fase de licenciamento ambiental; Capital do Conhecimento. "Também estamos aguardando a Câmara votar a Reforma Administrativa que tem como proposta reduzir de 62 para 25 secretarias e, com isso, economizar R$ 34 milhões por ano", explicou Dr. Aluízio acrescentando que a geração de emprego continua e foi 65% superior a média nacional.

- Não há mais espaço para ações isoladas, por isso, buscamos regionalmente uma economia sustentável e diversificada, com agenda estratégica e integrada com todos os municípios produtores da Ompetro - disse o prefeito.

Para o diretor geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloy Fernández y Fernández, Macaé e toda região de influência é um polo central de todo ativo do petróleo no Brasil. "Com a crise, gerada pela ausência de leilões e operadora única, a necessidade é de cortar investimentos, conter custos e gerar caixa", frisou Fernández.

De acordo com o secretário geral do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP), Milton Costa Filho, a proposta da agenda para discussão é calendário de rodadas, licenciamento ambiental, conteúdo local, participação obrigatória da Petrobras como operadora única, além de segurança jurídica e tributária. "O futuro do Brasil passa pelo petróleo. Temos tecnologia para exploração, recursos humanos e financeiros, mesmo com o cenário de crise", explicou.

O professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), Alfredo Renault, afirmou que o país tem volume de reserva, produtividade do pré-sal e qualificação do corpo técnico. "Todos esses fatores são positivos para o resultado e a recuperação da indústria que acontecerá em breve. Tudo aponta para o crescimento das reservas, mesmo com o aumento da produção", destacou Renault.

O seminário contou ainda com debates que abordaram a importância de novas agendas para os municípios petrolíferos e para as empresas desse setor. Participaram também o diretor de Desenvolvimento do Sebrae, Evandro Peçanha; o subsecretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Marcelo Vertis; o diretor da Macroplan Prospectiva, Estratégia & Gestão, Glaucio Neves; o coordenador de Petróleo e Gás do Sebrae-RJ, Antônio Batista, com o "Cenário do Setor e Ações para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs).


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